Por Marcela Barbar

Hoje, 3, é o Dia Internacional do Portador de Deficiência. Essa data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de conscientizar e sensibilizara sociedade para a igualdade de oportunidades, a fim de promover os direitos humanos iguais para todos. A população deve estar ciente que o deficiente físico precisa de adaptações para conseguir uma boa convivência na sociedade. 

Muitas das vezes, as pessoas relacionam deficiência com incapacidade, mas nem toda deficiência provoca limitação de capacidade e problemas de desempenho. Ela pode comprometer apenas uma função específica e preservaras outras.

A ADVF (Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis) possibilita a inclusão dos mesmos com a sociedade. Na entidade, eles fazem aulas de informática,orientação em mobilidade com a bengala, braille e música, na qual inclui violão,viola e também o coral. O método utilizado para ensiná--los nessas aulas, é o mesmo de uma pessoa que não possui deficiência e, muitas das vezes, acabam aprendendo mais rápido por ter o tato bem aguçado.

Na aula de computação é possível que eles usem  o computador por meio de um programa que fala e, para usar o celular é o mesmo processo.Para aqueles que têm baixa visão, é possível usar uma lupa para enxergar ou até mesmo ampliar o que sevai ler, e deixar com as letras grandes para que possa ver. Já para o cego total,existe uma professora pedagoga que é formada em braille e administra as aulas para que aprendam através do contato.

“É importante ressaltar, que muitos dos deficientes não conseguem entrar no mercado de trabalho porque alguns empregadores acreditam que essas pessoas não são capazes de realizar o trabalho com eficiência,além do mais, acham que a construção de um ambiente acessível é cara. Desta forma, é fundamental criar políticas que acolham melhor essas pessoas que também fazem parte da sociedade. Um dos maiores obstáculos enfrentados pelos portadores de deficiência é a mobilidade,que, na maioria das vezes,a sociedade não colabora para facilitar na locomoção. Falta de guias rebaixadas, calçada sem péssimas condições,inadequação em lojas, preconceito,transporte, isso tudo são desafios que essas pessoas enfrentam no dia a dia. É preciso ter respeito às normas de acessibilidade para que não sejam tratados como barreiras.Basta um pouco mais de atenção pelas ruas para identificar e resolver estes problemas”,explanou Nathália Fontes Mafra, coordenadora de projetos da ADVF.

Profissional orientando na mobilidade com bengala

Utilizar o computador é possível com ajuda de programa específico 

Gustavo Mafra tocando música em aula de violão