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Sem R$ 150 mil, Asilo poderá fechar as portas

Sem R$ 150 mil, Asilo poderá fechar as portas

Há cinquenta e seis anos em funcionamento, Parque Residencial busca recursos para manter seu funcionamento

Há cinquenta e seis anos em funcionamento, Parque Residencial busca recursos para manter seu funcionamento

Publicada há 8 anos

Por Josanie Branco


Parque Residencial São Vicente de Paulo tem como objetivo proteger e incluir socialmente os idosos. Atualmente são 56 moradores



Um idoso carrega consigo uma grande bagagem de experiências, amor e carinho, são pessoas que no alto da idade precisam de muita atenção e às vezes de cuidados especiais.  Existem várias formas de demonstrar afeto ao idoso, pois não é só de comida, roupa lavada e cama que ele precisa, mas também necessita de atenção, zelo, ternura, afetividade. 


Quer vivam sozinhos, com familiares ou casas de repousos, cuidar de idosos é um trabalho contínuo que exige recursos, preparação e prevenção, assim como elevados níveis de alerta e uma boa dose de paciência. Referência na região há cinquenta e seis anos, o Parque Residencial São Vicente de Paulo de Fernandópolis é uma instituição que tem como objetivo proteger e incluir socialmente os idosos, estimulando sua vida social e emocional, oferecendo condições dignas de convivência em um lar capaz de atender às necessidades de todos seus moradores. Fundado em outubro de 1960, o Asilo, como é conhecido por toda comunidade, conta com uma ampla equipe de profissionais: enfermeiro, técnicos em enfermagem, assistente social, fisioterapeuta e funcionários que trabalham em diversas áreas, garantindo que os idosos tenham atendimento, cinco refeições diárias e moradia de qualidade. 


Além dos cuidados com a saúde e assistência necessárias, os vovôs também desfrutam de atividades de lazer e recreação. Entretanto, o que a maioria das pessoas não sabe, é que embora a tradicional instituição ofereça todos esses serviços aos seus assistidos, ela pode estar com seus dias de funcionamento contados. A ameaça de fechamento das portas do “lar dos velhinhos” é decorrente da falta de recursos para a adaptação na estrutura do prédio, já bastante antigo e que precisa de reformas e melhorias para continuar prestando atendimento aos vovôs que ali residem.


EMERGENCIAL 


Com mais de cinco décadas de atendimento, ao longo de sua história o Asilo nunca dispôs de recursos extras para que fossem investidos em obras de melhorias e investimentos em sua sede, com isso a entidade está fora das normas exigidas para funcionamento e necessita, urgentemente, se estruturar. De acordo com a equipe de funcionários da entidade, o Ministério Público, em acordo com a lei, entrou com um pedido de  vistoria que deve ser executado em todas as entidades do município através do Departamento de Obras da Prefeitura e somente após aprovação das exigências é que será fornecido o alvará de funcionamento por parte do Corpo de Bombeiros. 


Conhecedores de que o Parque São Vicente não está de acordo com as normas estabelecidas em sua estrutura física e de que não há recursos financeiros para a estruturação  do local,  os funcionários, diretores, voluntários e vicentinos se uniram em busca de apoio para a entidade e afim de evitar um possível fechamento do Lar. As obras,  já projetadas e orçadas,  ficam em R$ 150 mil, um trabalho de adaptação que deve ser feito em diversos setores da entidade. “Após sermos intimados judicialmente sobre a obrigatoriedade das mudanças, teremos o prazo de três meses para regularizarmos nossos trabalhos, caso contrário nossa entidade será fechada. 


Para evitar que isso aconteça, solicitamos que a população fernandopolense, bem como empresários e representantes de clubes de serviços nos apoiem”, explicou o gerente Antônio Carlos Bêgo. A auxiliar administrativo, Euzi Costa de Souza Passetti explica que o asilo recebe atualmente uma média de R$ 13 mil mensais, verba oriunda dos repasses municipal, estadual e federal, o que corresponde a um terço das despesas gastas todos os meses, que é de R$ 75 a R$ 80 mil. 


Para complementar a renda, a entidade promove os bailes no Recanto do Tamburí, todas as sextas-feiras, e uma série de outros eventos, como quermesses, almoços e leilões de gados. No entanto, ainda trabalha com um déficit mensal em torno de R$ 10 a R$ 12 mil. “Com recursos próprios da entidade é praticamente impossível fazermos qualquer tipo de reformas em nossa estrutura física e mediante a situação emergencial que nos encontramos em ter que fazer as mudanças, viemos a público pedir a colaboração da população”, esclareceu Euzi. 


A CAMPANHA 


Com o objetivo de angariar todo o montante necessário para as adequações da entidade, os organizadores da campanha estão elaborando um cronograma de atividades, dentre elas estão previstas a realização de uma Violada, um Jantar Beneficente e diversas visitas a empresários e clubes de serviços. “Até o momento não arrecadamos nada, apenas temos o apoio moral de muitas pessoas, o que sem dúvida é importante, mas não o suficiente para resolvermos o problema do Asilo. 


Precisamos que os fernandopolenses se sensibilizem conosco, afinal uma entidade com quase 60 anos e que abriga 56 idosos não pode acabar e para que esse trabalho continue, necessitamos do apoio de todos. Toda ajuda é bem vinda!”, suplicou Orivaldo Dias Furtado, vice-presidente do Lar.  As pessoas que puderem contribuir com a entidade podem ligar para 3442-2110 ou procurar um dos diretores do Parque para obter mais informações.       







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