TRAGÉDIA

Investigação aponta que avião da Chapecoense viajava com sobrecarga

Investigação aponta que avião da Chapecoense viajava com sobrecarga

Secretário de Segurança Aeronáutica Aerocivil da Colômbia conta que aeronave da LaMia tinha 500kg a mais que o normal; tragédia vai completar um mês no dia 29

Secretário de Segurança Aeronáutica Aerocivil da Colômbia conta que aeronave da LaMia tinha 500kg a mais que o normal; tragédia vai completar um mês no dia 29

Publicada há 7 anos

Por Globoesporte.com


As autoridades colombianas responsáveis pela investigação do acidente com o avião da Chapecoense no dia 29 de novembro, quando 71 pessoas morreram, explicaram preliminarmente as causas da queda em uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira. De acordo com a Aeronáutica Civil, o avião da LaMia viajava com cerca de 500 kg a mais do que o normal. No entanto, esta não foi a principal causa do acidente.


Segundo o Secretário de Segurança Aeronáutica Aerocivil da Colômbia, Freddy Bonilla, o plano de vôo autorizado pela AASANA (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia) era irregular, pois deixou de levar em consideração que o tempo de viagem era igual à autonomia de voo.

Bonnila também afirmou que a gravação da cabine do avião CP-2933 mostrou que o piloto Miguel Quiroga e a copiloto Sysi Arias, que morreram na queda, cogitaram uma escala em Letícia, na Colômbia, ou em Bogotá, em função do combustível estar no limite. No entanto, decidiram não fazer. 


Emergência e motores desligados
Bonilla explicou que, para a aviação, existe uma diferença entre os termos "prioridade" e "emergência" e que o piloto declarou a segunda alternativa apenas quando a torre de controle questionou quanto tempo a aeronave ainda possuía para ficar voando. O secretário disse ainda que o avião deveria ter combustível extra para voar ao menos mais 1h45.


Em função da falta de combustível, os motores da aeronave se desligaram gradualmente. A quatro minutos do impacto, o avião contava apenas com dois motores, e 25 segundos depois já estava voando sem auxílio dos quatro. De acordo com as gravações exibidas pela Aviação Civil colombiana, o piloto não informou a controladora de voo que os motores estavam desligados.


As gravações também mostram que a controladora questionou se era necessário algum serviço especial de terra, mas o piloto afirmou que se fosse necessário, avisaria mais tarde.


Às 0h57 (horário de Brasília), dois minutos antes da queda, o piloto informou que estava em falha total de energia por falta de combustível. A aeronave se encontrava a 9 mil pés de altura - mil a menos do que o mínimo necessário. Um minuto antes da queda, a aeronave perdeu contato com a torre de controle. As autoridades não souberam explicar o motivo da perda do contato.



http://globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/chapecoense/noticia/2016/12/investigacao-aponta-que-aviao-da-chapecoense-viajava-com-sobrecarga.html







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