MAUS TRATOS

Casal fazia vira-lata inalar maconha

Casal fazia vira-lata inalar maconha

Publicada há 7 anos

Diário da Região 


A Sociedade Protetora dos Animais de Votuporanga (Spavo) retirou uma cadela vira-lata de um casal por suspeita de que eles faziam o animal inalar fumaça de maconha consumida por eles e por amigos. Após ser encaminhada para outros donos, a cadela sumiu no fim de semana e está desaparecida.


Segundo uma integrante da Spavo, que não quis ser identificada, o animal estava agitado no momento da retirada, no bairro São João. “Chegamos a discutir, porque inicialmente não quiseram que eu levasse a cachorra, mas depois concordaram que eu castrasse o animal e desse para um casal cuidar”, conta a protetora.


Segundo a denúncia feita por vizinhos, o casal é usuário de drogas e a cadela era chamada por eles de Maria Joana, em alusão a marijuana, como também é conhecida a maconha. Após ser retirada da casa, a cachorra foi levada a outra residência, onde foi adotada por uma família. No entanto, no final de semana, após voltarem de uma missa, a cachorra não foi encontrada no local. 


Na ocasião, os vizinhos do casal usuário de drogas disseram à protetora que viram os dois com a cachorra pelas proximidades, mas que no outro dia já estavam sem o animal e teriam se mudado de residência sem a cadela. “Agora vamos localizar o pai da moça, que também é morador de Votuporanga para ver se ele sabe da filha ou da cachorra e ver se conseguimos alguma notícia”, explicou a voluntária.


A cadela Maria Joana sumiu no fim de semana e está desaparecida 



MAUS-TRATOS


Segundo a Polícia Ambiental de Votuporanga, não houve notificação sobre o caso e, dentro da legislação, não há especificamente um termo que envolva o animal e o uso de drogas. Mas o caso pode ser enquadrado como maus-tratos. “Neste caso, seria necessário durante o atendimento, olhar a situação do cachorro e constatar o efeito desta droga, caso fosse flagrada ação concreta seria feita uma documentação para enquadrar caso de maus-tratos”, explicou a polícia, por meio de nota.

A veterinária Cibele Soares Frade diz que é possível ocorrer dependência e abstinência em cães. “A fisiologia do cachorro é bem parecida com a do humano, portanto, é possível que a maconha faça efeito em seu organismo e cause dependência, bem como a falta dela cause transtornos também. Neste caso, a solução seria medicar com soro e esperar passar o efeito”, disse a profissional, que desconhece pesquisas na área.




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