AGRICULTURA

APTA reúne 60 empresas do setor agrícola para apresentar pesquisa

APTA reúne 60 empresas do setor agrícola para apresentar pesquisa

Mudança na legislação e na cultura dos institutos anima empresas para parcerias

Mudança na legislação e na cultura dos institutos anima empresas para parcerias

Publicada há 7 anos

Assessoria de Imprensa APTA 


60 empresas do setor agrícola conheceram as linhas de pesquisa desenvolvidas pelos seus seis institutos e 14 polos regionais de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O workshop Oportunidades de Novos Negócios para as Cadeias Agrícolas no Estado de São Paulo teve o objetivo de aproximar a iniciativa privada dos institutos e atualizar o setor sobre as novas legislações que definem as regras para o desenvolvimento de projetos em conjunto.


Durante o evento realizado na Sede do Instituto Agronômico (IAC-APTA), em Campinas, foi discutido o novo arcabouço jurídico composto pelo novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lei Estadual de Inovação, assinatura da resolução nº 12 pela Secretaria de Agricultura, e o estabelecimento dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) no âmbito da APTA. “Hoje temos um arcabouço legal que dá garantias para a parceria entre os institutos públicos e as empresas privadas, com o objetivo de inovar o setor agropecuário”, afirmou Orlando Melo de Castro, coordenador da APTA.


A nova legislação garante, por exemplo, o direito de propriedade intelectual entre os institutos e empresas. A equipe de pesquisadores que participou do projeto também é beneficiada, com até 1/3 da exploração dos royalties referentes ao montante destinado ao instituto de pesquisa. “Desde 2008, houve investimento de R$ 100 milhões em infraestrutura nos institutos, o que permitiu termos a casa arrumada para trabalhar em parceria. A APTA, por exemplo, tem 220 normas e procedimentos credenciados e acreditados com padrão internacional. Temos hoje condições de fazer mais e melhor”, explicou Castro.


Desde que a nova política foi estabelecida, em 2016, os NITs dos institutos de pesquisa ligados à Agência já depositaram seis pedidos de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), registram 25 cultivares de plantas, um programa de computador, firmaram parceria com empresas e apoiaram a elaboração de projetos na modalidade Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe-Fapesp).


“Nós da Secretaria temos trabalhado para diminuir a distância entre a pesquisa e setor de produção, uma das principais orientações do governador Geraldo Alckmin. A parceria com a iniciativa privada fortalece e renova nossos institutos. Queremos ouvir as demandas do setor de produção e a avaliação do trabalho que estamos desenvolvendo. Todos ganham com essa mudança cultural”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

“Estamos vivendo um momento inédito na história da ciência e da tecnologia brasileira. Estamos saindo de uma baixa para uma alta frequência. A parceria com as empresas é fundamental, pois a inovação se dá no privado”, afirmou Antonio Álvaro Duarte de Oliveira, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA), que apresentou palestra sobre nova legislação de CT&I para relação pública x privada.


A nova legislação também regulamentou o trabalho das fundações de pesquisa, o que foi considerado um avanço por Luiz Carlos dos Santos, diretor-presidente da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), e Orivaldo Brunini, diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária (Fundag).


Empresas se animam com as mudanças

A mudança ocasionada pela nova legislação aliada à nova cultura que começa a ser implantada nos institutos de pesquisa ligados à Agência animou os representantes das empresas que participaram do evento. “Estou muito feliz. Hoje é um marco. Estou vendo que estamos dando um pontapé para mudança”, afirmou José Cladionir Carvalho, da Syngenta. Para ele, a interação com os institutos sempre foi burocrática e com uma série de restrições. “O IAC, por exemplo, é muito grande, atua em diversas áreas. Temos todas as possibilidades de trabalharmos juntos. Saio do evento com ideias de projetos que vou levar para a companhia”, disse.


Maria Teresa Borges Pimenta, gestora de projetos de pesquisa e desenvolvimento e prospecção de novos negócios da Suzano Papel e Celulose, também saiu do evento com novas ideias de projetos. “A Suzano já tem uma interação com o ITAL, mas vindo ao workshop consegui enxergar uma nova oportunidade que tem grande sinergia para outros produtos que estamos estudando, pensando em biorrefinarias para o setor florestal. Fiquei positivamente surpresa com as apresentações”, contou.


Para o diretor da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Mario Von Zuben, é possível vislumbrar parcerias entre os institutos e as empresas de defensivos associadas à entidade. “Representamos 13 empresas que desenvolvem pesquisa em defensivos agrícolas. Elas investem de forma massiva em novos produtos e tecnologias. É muito importante para nós fazer parte deste evento para conhecer novas oportunidades de negócios”, afirmou.


Este foi o segundo workshop realizado pela APTA com empresas. O primeiro ocorreu em outubro de 2016 e reuniu empresas do setor de proteína animal. “O evento foi um sucesso e resultou em parceria para o controle de ectoparasitas por meio de produtos naturais, um projeto desenvolvido pelo Instituto de Zootecnia (IZ-APTA) em parceria com a empresa HYG System”, explicou Castro.


Linhas de pesquisa

Durante o workshop, o diretor-geral do IAC-APTA, Sérgio Augusto Moraes Carbonell, apresentou os trabalhos desenvolvidos pelo IAC em café, feijão, arroz especial, amendoim, mandioca, seringueira, citros, frutas e cana-de-açúcar. Também foram apresentados os serviços de excelência prestados pelo instituto, por meio do Quarentenário IAC, análises na área de solos e informações agrometeorológicas.


O IAC conta com 1059 cultivares de plantas. Em 2016, produziu 400 toneladas de sementes básicas, transferidas para empresas de multiplicação e depois a agricultores de todo o País, 129.774 borbulhas e 193 quilos de sementes de citros, além de 73.500 mudas de cana-de-açúcar e 150 mil Mudas Pré-Brotadas de cana.

Antonio Batista Filho, diretor-geral do Instituto Biológico (IB-APTA), apresentou os trabalhos do instituto em sanidade vegetal, alimento seguro, prestação de serviços, transferência de tecnologia, educação ambiental e pós-graduação. A diretora-substituta do ITAL-APTA, Eloísa Elena Corrêa Garcia, apresentou os trabalhos em análise de tendência de consumo, as pesquisas e treinamentos realizados no Centro de Pesquisa de Frutas e Hortaliças (Fruthotec), Centro de Engenharia e Processos, Centro de Pesquisa de Cereais, Chocolates, Balas e Confeitos (Cereal Chocotec), Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos e no Centro de Tecnologia em Embalagem (Cetea).


Os outros institutos também apresentaram seus trabalhos, como as pesquisas em forrageiras pelo IZ-APTA, as análises estatísticas do agronegócio, pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), as pesquisas com algas e rações desenvolvidas pelo Instituto de Pesca (IP-APTA) e os trabalhos de interação com os outros institutos desenvolvidos pela APTA Regional.


Os interessados em conversar sobre parcerias com a Agência podem entrar em contato com o NIT APTA no número (19) 2137-8938, que dará encaminhamento para os núcleos de cada instituto. 




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