OPERAÇÃO LUCA

PF apreende notebook e celular de sindicalista aposentado em Fernandópolis

PF apreende notebook e celular de sindicalista aposentado em Fernandópolis

Publicada há 6 anos

Por João Leonel 


Agentes da Polícia Federal de Jales, em apoio à PF do Tocantins, apreenderam na manhã de ontem (16), em Fernandópolis, um notebook e um celular na casa onde atualmente reside o ex-presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Tocantins. 


O homem, que hoje está aposentado, não teve o nome divulgado oficialmente até o fechamento desta edição. Ele compareceu à delegacia da Polícia Federal em Jales de forma espontânea - sem ordem de condução coercitiva -, e prestou esclarecimentos sobre alguns depósitos que teria efetuado, à época em que atuava como sindicalista no Tocantins, na conta da ex-superintendente substituta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Tocantins, Adriana Carla Floresta Feitosa. Ele alegou que os referidos depósitos faziam parte “da devolução de um empréstimo” feito por Feitosa. 


Após seu depoimento ele foi liberado pela PF. Além do notebook e do celular, foram apreendidos alguns documentos que ele mantinha em casa. A ação da PF ocorreu durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Lucas, deflagrada nesta terça-feira (16) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA) e de empresas do setor agropecuário fiscalizadas pela pasta. 


AS INVESTIGAÇÕES 

A Operação Lucas investiga o pagamento de vantagens indevidas de sete frigoríficos e laticínios a Adriana Feitosa. Foram bloqueados R$ 2,2 milhões do núcleo familiar da servidora. 


De acordo com a PF do Tocantins, há indícios de que alguns frigoríficos tenham feito pagamentos irregulares. De fato, o alvo principal da Operação Lucas é Feitosa, fiscal agropecuária e que atuou como chefe da fiscalização na Superintendência do Ministério no Estado de Tocantins, além de ocupar a função de superintendente substituta. A Polícia Federal, através de quebras de sigilos fiscal e bancário, apurou que Feitosa, à época dos fatos, recebia de empresas fiscalizadas valores mensais e os utilizava para custear despesas familiares. Os pagamentos indevidos foram realizados “por parte de frigoríficos e laticínios” com o objetivo de “facilitar, adiantar ou atrasar assuntos de interesse das empresas perante a administração pública”.


 O foco da Operação Lucas é comprovar atos de corrupção ativa e passiva praticados pelos servidores públicos e empresários investigados. Ainda segundo a PF do Tocantins, “todo o trabalho está calcado em quebras de sigilo bancário”. Há listas e rela- ções de pagamentos realizados por parte de frigoríficos e laticínios para a servidora indiciada.



* Com informações do Portal G1 e de Estadão Conteúdo


Sindicalista asposentado de Fernandópolis prestou depoimento na sede da Polícia Federal de Jales 





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