MUDANÇAS

Voto dos parlamentares deixa dúvidas quanto ao avanço da reforma da Previdência

Voto dos parlamentares deixa dúvidas quanto ao avanço da reforma da Previdência

Radar aponta que mais da metade dos deputados federais não aprova o texto que deverá ir ao plenário da Câmara

Radar aponta que mais da metade dos deputados federais não aprova o texto que deverá ir ao plenário da Câmara

Publicada há 6 anos

Assessoria de Imprensa 


As mudanças sinalizadas pelo governo no texto que propõe a reforma da Previdência parecem não ter sido suficientes para conquistar o número de votos necessários para aprovação na Câmara dos Deputados. Pelo menos até o momento. É o que revela o Radar da Previdência - levantamento realizado pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (FENAFISCO) – que ouviu os 513 deputados federais da Casa. Desses, a maioria (258 parlamentares) revelou posição contrária à Proposta de Emenda Constitucional 287/2016.

 

O Radar da Previdência também apontou o posicionamento dos deputados caso a PEC 287 fosse colocada em votação no plenário hoje. Diante de uma suposta votação,  apenas 5,85% declararam que se manifestaram favoráveis e 12,85% assumiram que ainda estão indecisos diante da matéria. Do total, 31% dos parlamentares preferiram não revelar o voto ou não autorizaram a divulgação de sua imagem pelo Radar. 

 

Para o presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, o Radar da Previdência traz um sinal de esperança. "A maioria dos parlamentares parece estar consciente quanto aos riscos de votar pela aprovação de uma reforma que não é o que a sociedade espera. A pressão do governo para conquistar os votos necessários se intensificou nos últimos dias, via distribuição de cargos, liberação de dinheiro para emendas parlamentares, anistia de dívidas tributárias e uma milionária campanha. Mas, ainda assim, acreditamos que os deputados federais não aprovarão tamanho retrocesso", afirma.

 

O texto inicial da PEC 287/2016, que altera o regime da Previdência Social, foi alterado em diversos pontos antes de ser aprovado na Comissão Especial criada para apreciação do texto. Entre as mudanças, a exigência de idade mínima unificada em 65 anos para homens e mulheres caiu, dando lugar à regra de 62 anos para as mulheres se aposentarem e 65 anos para os homens. Ao avaliar o texto atual que seguirá para votação no plenário, Alcantara destaca que não há um debate sério em torno da reforma e que o texto que se pretende aprovar somente beneficiará o governo e o mercado financeiro. "Aprovar essa PEC é colocar no colo do cidadão uma conta que não é dele. Pelo conteúdo da proposta, o texto ameaça e desmonta os direitos dos trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada e, se aprovada, vai liquidar com a previdência social do País.

 

O Radar da Previdência pode ser acessado em: radardaprevidencia.org.br

 

Ocupa Brasília

 

A entidade que representa mais de 30 sindicatos afiliados em todo o País e cerca de 35 mil servidores fiscais tributários estaduais e distritais estará em Brasília no próximo dia 24 de maio, em um ato nacional de iniciativa de diversas carreiras públicas que são contrárias à reforma da Previdência. A manifestação terá concentração no Estádio Nacional Mané Garrincha, a partir das 14h, e marchará rumo ao Congresso Nacional por volta das 17h.



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