ESTIMATIVA DE G

Universitários 'estrangeiros' injetam R$ 36 milhões por ano na economia local

Universitários 'estrangeiros' injetam R$ 36 milhões por ano na economia local

“Se ao menos 3 mil pessoas de fora estudarem na cidade e consumirem cerca de R$ 1 mil nas atividades de comércio e serviços, temos a injeção mensal de R$ 3 milhões na economia local”, ressalt

“Se ao menos 3 mil pessoas de fora estudarem na cidade e consumirem cerca de R$ 1 mil nas atividades de comércio e serviços, temos a injeção mensal de R$ 3 milhões na economia local”, ressalt

Publicada há 6 anos

Por Breno Guarnieri 


A vinda dos universitários “estrangeiros” para Fernandópolis – um dos principais centros de educação e ensino superior na região noroeste paulista –, além de tornar a cidade mais viva e pulsante, é uma das alavancas da economia do município. Segundo especialistas, os estudantes vindos de fora injetam pelo menos R$ 3 milhões por mês nos setores de comércio e serviços. 


Dos cerca de 7 mil estudantes matriculados em duas faculdades atualmente, a estimativa é que ao menos 3 mil venham de outras cidades. A Fundação Educacional de Fernandópolis é a instituição com o maior número de “estrangeiros” – 60 % dos alunos são de outras cidades ou Estados. O economista Paulo Magno estima que o gasto desses estudantes varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil mensais. 


A soma inclui gastos com moradia, transporte, alimentação, combustível, faxineira, baladas, shows, teatro, cinema e contas mensais de luz e internet. Paulo Magno ainda ressalta que há uma média, porém o gasto mensal é muito variável conforme o perfil do aluno. “Se ele tiver carro, por exemplo, o gasto sobe por conta de seguro, estacionamento. Se fizer medicina, o gasto mensal pode chegar a R$ 10 mil”. 


“Se ao menos 3 mil pessoas de outras cidades estudarem em Fernandópolis e consumirem cerca de R$ 1.000 nas atividades locais de comércio e serviços, temos a injeção mensal de R$ 3 milhões na economia local. Isso representa R$ 36 milhões por ano”, completa. 


O NEGÓCIO É ECONOMIZAR 

O estudante Caio Ribeiro Ramos, 22 anos, veio de Iturama/MG para cursar Enfermagem. “Mão-fechada”, o estudante diz adotar uma série de medidas para não gastar mais de R$ 2 mil mensais com as despesas de moradia, alimentação e lazer. O universitário não tem carro e só usa transporte público, além de cozinhar em casa para economizar. Caio dispensou o cartão de crédito e também corta tudo o que é supérfluo. “Quando vou ao supermercado, sempre procuro o que está em promoção”, resume. 


De acordo com Manoela Magalhães, 23 anos, estudante de Direito, o corte de gastos é um sacrifício necessário para colher resultados positivos no futuro, quando estiver formada e em um bom emprego. “Quero depois sempre ter uma renda de sobra, economizar, abrir caderneta de poupança, esse é meu plano”, pontua.




Os setores que mais rapidamente respondem a essa entrada de universitários são o imobiliário (venda e locação), gastronômico(bares, restaurantes e similares) e o entretenimento (balada) 






últimas