Erica Cristina

Condromalácia Patelar

Condromalácia Patelar

Por Erica Cristina Tazinaffo - Fisioterapeuta

Por Erica Cristina Tazinaffo - Fisioterapeuta

Publicada há 6 anos

Condromalácia patelar ou Condromalácia Patelo femoral, é a primeira etapa de um processo degenerativo que atinge a cartilagem da patela. Esta patologia é classificada em quatro níveis distintos, de acordo com Outebridge (1961): Grau I: amolecimento da cartilagem e edemas. Grau II: fragmentação da cartilagem ou rachaduras com diâmetro inferior a 1,3 cm de diâmetro. Grau III: fragmentação ou rachaduras com diâmetro superior a 1,3 cm de diâmetro. Grau IV: erosão ou perda total da cartilagem da articulação em questão, com exposição do osso subcondral. 


O diagnóstico mais detalhado é feito, normalmente, através de um exame de Ressonância Magnética e em vários casos é recomendado o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e até mesmo cirurgia (casos mais graves). O tratamento deverá ser prolongado com indicação médica ou do Fisioterapeuta pelo um período superior ao do fim das queixas. 


Caso se trate de doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor. O fortalecimento do quadríceps é primordial, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar. 


Recomendações: - Excluir exercícios e esportes de alto impacto (futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo) ou atividades suspeitas de causarem a lesão. Natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho. 


- Reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto.  É especialmente importante reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo. 


- É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro. Peça ao profissional para demonstrar. Evite a sobrecarga. 


- Alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente. Não esquecer de alongar bem antes e depois dos exercícios 


- Colocar gelo no joelho após os exercícios


- Evitar subir e descer escadas.


- Não sentar sobre as pernas com o joelho em hiperflexão. 


- É imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um fisiatra, um ortopedista, e depois um fisioterapeuta, para receber o diagnóstico preciso e o tratamento correto. Jamais faça exercícios em academias sem a assistência de um professor de educação física. As orientações dadas aqui podem ser excluídas com o tempo.




últimas