Luiz Carlos Bar

O “ficar” traz felicidade?

O “ficar” traz felicidade?

Por Luiz Carlos Barros Costa

Por Luiz Carlos Barros Costa

Publicada há 6 anos

            A sexualidade do adolescente é envolvida pela ignorância ou pela informação equivocada, num mundo virtual que invade a intimidade juvenil: “Libere geral no campo do sexo, o que importa é ser feliz!” Mesmo com o atual descontrole emocional e insegurança da juventude, com tantos desajustes?


            Mas, conheça a realidade íntima de quem você realmente ama. Com quem namora pode ser portador (a) de: “...matrizes emocionais equilibradas ou limitações orgânicas, deficiências ou exaltação da libido, preferências perturbadoras que exigem correta orientação, assim como terapia especializada. ” (1)


            Na maioria dos lares, os pais não orientam seus filhos ao exercício do sexo, portanto, não devem cultivar aquele silêncio absoluto, deixando-os desinformados. Eles irão se guiar pelos colegas e amigos, mas entre eles sempre existem os pervertidos ou os viciosos. Daí essa visão materialista do sexo, como fonte de prazer, sem o amor que plenifica qualquer relação humana.


            O “ficar”, prática generalizada, é uma forma disfarçada de vivência afetiva sem compromisso, para atender, simplesmente, os impulsos orgânicos. Essa conduta tão corriqueira, nos dias atuais, acarreta a destruição da sensibilidade emocional ao sentimento amoroso, fonte intérmina de alegrias íntimas inimagináveis.


            Na ótica de Joanna de Ângelis, o ato do “ficar”, nem satisfaz e nem acalma as almas que nele se envolvem. Seus efeitos são delicados por haver a permuta de hormônios e o fenômeno da procriação, que podem resultar na gravidez não programada.


            Pondera essa autora de dezenas de livros sobre a psicologia profunda: Faltando, à adolescência, experiência e conhecimento dos valores existenciais durante a gravidez, o período é atormentado, sendo transmitido ao feto inquietação e desassossego, quando não a revolta pela concepção indesejada. (2)


            Você ama ou se apaixona? Observe as orientações: A paixão é como labareda que arde, devora e se consome a si mesma pela falta de combustível. O amor é a doce presença da alegria, que envolve as criaturas em harmonias luarizantes e duradouras. [...] [Paixão] A primeira é arrebatadora e breve. [Amor] o segundo é confortador e permanente. (3)


            Há jovens capazes de amar em profundidade, sem dúvida, por serem Espíritos experientes nas lutas evolutivas, encontrando-se em corpos novos, em desenvolvimento, porém investidos da capacidade vigorosa de sentir e entender.


            Namoro que vivencia o sexo, por curiosidade e precipitação, sem maturidade psicológica e preparação emocional, produz frustração [...] cria conflitos e fugas [...] ressentimentos prejudiciais. (3)


            Jovens, querem paz íntima e alegria emocional? A sexualidade deve ser exercida com disciplina moral e atividades saudáveis: estudo, trabalho, esportes, relacionamentos sociais, sendo indispensável a vivência de sua espiritualidade.

 

 

Referências:

 

 

 

(1) Joanna de Ângelis, por Divaldo Pereira Franco, in Adolescência e Vida. Salvador: Leal, 2015, cap. 22.

 

(2) Idem, cap. 21.

 

(3) Idem, cap. 07.

 

 

 


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