Antonio Umildev

Religião nos Quartéis

Religião nos Quartéis

Por Antonio Umildevar Dutra Junior - Tenente Coronel PM Comandante Interino do CPI-5

Por Antonio Umildevar Dutra Junior - Tenente Coronel PM Comandante Interino do CPI-5

Publicada há 6 anos

Antes de falar sobre “religião nos quartéis” cabe destacar que a Constituição Federal assegura como direito fundamental a liberdade de consciência e de crença e o livre exercício dos cultos religiosos.


Nesse sentido, o caráter laico do Estado não implica em desconsiderar a importância e a relevância do sentido espiritual para o ser humano, fundamento de sua dignidade e, no contexto da segurança pública, a atividade policial-militar impõe o contato diário com os mais variados contrastes sociais, morais, éticos e econômicos.


Assim, o suporte religioso ou espiritual, ao lado de outros aspectos sociais, é um importante recurso de apoio na gestão de pessoal, pois valoriza a boa conduta ética e moral, a par dos valores e deveres dos policiais militares.


As atividades religiosas levadas a efeitos por grupos compostos de policiais militares são balizadas regras e princípios acima expostos com o harmonioso exercício das liberdades públicas e o respeito aos interesses da coletividade, sem nunca haver o fanatismo religioso, prevalência, preferência ou favorecimento de qualquer religião sobre a outra e, acima de tudo, atendendo-se os princípios da moralidade pública, ou seja, que o culto religioso não interfira de forma alguma na rotina e atividade da unidade policial militar, que ocorra fora de horário de expediente e sem utilizar-se de meios públicos para tal fim.


Com relação ao incentivo dos policiais militares, a decisão de aderir a cultos religiosos deve ser de cunho íntimo do interessado, o que tem de haver por parte da administração pública é a não proibição ou mesmo a imposição de uma religião ou determinado culto específico que venha a se sobrepor a outro.


A religião é inerente ao ser humano, desde os primórdios da civilização e se desenvolve com o ser humano, pode-se dizer que é necessária à alma humana. O apoio, consolo espiritual é importante ao ser humano e deve ser incentivado, ou melhor, não tolhido ou discriminado e isso é feito com a tolerância e acima de tudo a não imposição de qualquer forma que seja de uma religião ou determinado culto religioso. Toda imposição de credo ou fé foi prejudicial na história humana.




últimas