NA CÂMARA MUNI

Instaurada CPI para investigar compra de voto em eleição legislativa

Instaurada CPI para investigar compra de voto em eleição legislativa

Publicada há 6 anos

Da Redação 


Durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Guarani d'Oeste, realizada nesta segunda-feira (02), foi aprovada, por 6 votos a 1, a instauração de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar possíveis ilícitos ocorridos na Legislatura passada, entre 2013 e 2016. Um vereador, que é irmão de um dos investigados, por estar impedido, e o presidente da Câmara, vereador Boca Rica, não votaram. Após algumas renúncias para ocupar os cargos da CPI, o quadro que comandará o processo investigatório ficou composto pelos vereadores Alessandro Ribeiro - presidente, Marcelo Gomes - relator, e Vinicio Ragiotto - membro. Uma reunião acontecerá hoje, dia 06, na sede do Poder Legislativo de Guarani d'Oeste para definir quais as pessoas que serão interrogadas, horários e datas para as primeiras oitivas, que já estão sendo agendadas. O relatório final conclusivo deve ser lido em plenário dentro dos próximos 70 dias.


ENTENDA O CASO

Supostos desvios de recursos e atos de corrupção - envolvendo possível compra de voto para eleição à presidente da Câmara Municipal de Guarani d'Oeste -, estão na mira do Ministério Público e do Judiciário de Ouroeste. O MP, através de um Inquérito Civil, apurou denúncias registradas pelos atuais vereadores Vinicio Ragiotto, Alessandro Ribeiro, Marcelo Gomes, Cleiton Souza e o presidente da Câmara, Gilmar Barbozane de Carvalho, conhecido popularmente como "Boca Rica". Posteriormente, O MP moveu uma Ação Civil Pública, a qual está em trâmite no Fórum de Ouroeste, sendo que este processo corre em segredo de Justiça. Os eventuais crimes teriam sido cometidos na Legislatura passada, entre 2013 e 2016. Dois ex-vereadores, que presidiram a Câmara, E.M. (no biênio 2013-2014), e J.M.F. (no biênio 2015-2016), são investigados. J.M.F. é o atual vice-prefeito de Guarani.


CARRO OFICIAL

Um funcionário da Câmara, G.F.F., está afastado cautelarmente de suas funções legislativas, mas continua recebendo normalmente seus vencimentos durante a instrução do processo em trâmite na Justiça. Ele teria participado de um esquema para comprar o voto de E.M. visando eleger J.M.F. presidente da Câmara. Valores registrados como pagamentos para reparos no carro oficial do Poder Legislativo de Guarani d'Oeste, um GM Vectra ano 2009, teriam sido utilizados para "pagar o voto" de E.M. em J.M.F.. Tais serviços mecânicos não teriam sido realizados e as notas fiscais, segundo apuração da Reportagem de "O Extra.net", podem ser, na verdade, notas falsas.




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