Outro dia deparei-me com uma pergunta de natureza religiosa, postada em uma rede social na internet, com os seguintes dizeres: “Como posso ter Deus no coração?”.
Fiquei pensando nessa indagação e, de repente, peguei -me fazendo a mesma pergunta.Arrisquei-me na seguinte resposta: ter Deus no coração é ter disposição, verdadeira, para ajudar as pessoas, especialmente as mais necessitadas; não ser racista, ser desprovido de preconceitos, abominar a intolerância, a homofobia e axenofobia.
Ter Deus no coração é evitar atos e palavras que prejudiquem os outros, não incorrer em calúnia, difamação e injúria; evitar, a qualquer custo, a covardia do falso testemunho, perdoar o próximo e, com isso, não nutrir ódio e rancor no coração. Ser honesto, ganhando a confiança de seus pares, não ser hipócrita ou demagogo; evitar a mentira, nunca ser ingrato, ser atencioso com aquela pessoa que esteja realmente precisando de sua atenção, dedicar o seu tempo aos mais pobres e vulneráveis e ser voluntário em uma causa nobre.
Ter Deus no coração é honrar pai e mãe, respeitar os idosos e amparar seus pais na velhice;oferecer bons exemplos aos filhos, educar de forma correta as crianças, ajudando-as a se tornarem adultos capazes de lidar, de forma madura e equilibrada, com as frustrações da vida. Não ser mesquinho, nem ganancioso, evitar o egoísmo, não ser sovina e, ao mesmo tempo, não ser perdulário; esquecer- se do orgulho e sempre se lembrar de suas raízes (principalmente quando experimentar o sabor da riqueza e do poder).
Ter Deus no coração é controlar a tentação da vaidade, que nos inebria e nos ilude, tornando-os incapazes de detectar nossos próprios defeitos; não ser invejoso, ser humilde, sempre abrir mão da vingança, não ser indolente, muito menos maledicente, não ser interesseiro, não matar, não roubar, não se envolver em corrupção ativa e passiva, não ser lascivo... Ufa! Veja que não é fácil merecer Deus no coração.
Para aqueles que desejam se iludir, bastam trilhar o fácil caminho de observar apenas a parte teórica de uma religião ou crença, dispensando a prática. E por falar nisso, conheço pessoas que se mostram, publicamente, serem bem religiosas na teoria, mas na... Deixa pra lá! Não quero infringir um item dessa extensa lista sendo maledicente, pois cada vez que sou assim, afasto Deus do meu coração.
De qualquer forma, se praticássemos mais os conselhoscontemplados nessa lista, com certeza o mundo seria um lugar bem melhor e Deus seria um residente mais frequente no coração de todos. Em suma, ter Deus é ter amor no coração.
P.S.: Prezados leitores e leitoras! Ao longo de 13 meses e 18 dias, tive a honra e o prazer de publicar, aos sábados e ininterruptamente, 59 artigos nesta coluna. Abordei diversos temas, alguns mais densos e outros mais pitorescos. Escrevi com esmero, buscando as mais diversificadas e confiáveis fontes bibliográficas. Sempre me preocupei em trabalhar os assuntos de forma leve e direta, com o intuito de tornar prazerosa a leitura dos textos e também estimular, nos leitores, um pensamento reflexivo sobre os temas. Não por acaso, a coluna foi intitulada “Pensamento Crítico”.Fiquei surpreso e, ao mesmo tempo, feliz em saber que muitos amigos leram e apreciaram meus artigos. Para mim essa foi a maior recompensa ao executar esse trabalho. Agora, farei uma pausa nas publicações, pois preciso iniciar um projeto científico que estou planejamento há alguns meses, além disso, estou reunindo todos esses 59 artigos em um livro que, em breve, será publicado. Agradeço de coração a todos os leitores e leitoras dessa coluna. Em breve, voltarei a escrevernessa coluna abordando outros temas. Quero expressar meus agradecimentos ao jornalista João Leonel por ter me convidado a escrever neste distinto periódico.
