José Renato Se

O Centenário da Revolução.

O Centenário da Revolução.

Por José Renato Sessino Toledo Barbosa - Professor

Por José Renato Sessino Toledo Barbosa - Professor

Publicada há 6 anos

Vinte e um de outubro de 1917. Cem anos. Um século da Revolução.

Nascia John Birks Gillespie, ou melhor, Dizzy Gillespie. Gênio do Jazz. Gênio da música.

Depois de integrar Big Bands, compôs com Thelonius Monk, Charlie Parker, o primeiro grupo de beebop. A primeira revolução no Jazz.

Inspirado no estilo de Roy Eldrige, Dizzy executava seu trompete de forma única: primeiro na forma, apontado para o alto, segundo, e mais importante: seu som. Suave, melódico, rico e denso.

Gillespie produziu a maior parte das ricas pérolas do Jazz, pós-era das Big Bands.

Viajou o mundo; passou ileso ao álcool e a heroína, a qual matou várias lendas do Jazz.

Esteve algumas vezes no Brasil. Encantou a todos, pela simpatia, pelo carisma e pela genialidade.

Dizia que as músicas do Estados Unidos, a Cubana e a Brasileira, eram as maiores do planeta.

Estudou, tocou e divulgou a bossa nova. Realizou uma audiência antológica, ao tocar a bela “Chega de Saudade” de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

No final dos anos oitenta, assisti a um belíssimo documentário na “Mostra Internacional de Cinema”, no Cine Arouche. A película mostrava Dizzy Gillespie em Cuba. Tocava com Arturo Sandoval e “Los Van Vans”. Foi antológico.

Num certo momento, Dizzy afirmava: “- Faremos com a música, aquilo que a política não é capaz!”.

Jazz, salsa, merengue, rumba.

Mongo Santamaria, Chano Pozzo, os mestres da música cubana, do céu agradeceram.

Com sua música, o Jazz foi alçado, definitivamente, a condição de Arte.

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