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'A liberdade é do tamanho da responsabilidade'

'A liberdade é do tamanho da responsabilidade'

Publicada há 6 anos

PENSAMENTO DA SEMANA


"A liberdade é do tamanho da responsabilidade".

EMMAUEL



MINUTINHO:

Um Deus dentre de nós

Algumas vezes nos referimos à pessoa entusiasmada como alguém eufórico, animado por demais, excitado, meio fora da realidade. No entanto, se formos buscar o sentido etimológico da palavra entusiasmo descobriremos o que quer dizer: ter um Deus dentro de si. Que bela surpresa, não?      

Os gregos acreditavam que o sucesso de qualquer empreendimento poderia ser garantido se tivesse alguém entusiasmado, aquele que recebesse a intervenção positiva dos deuses.

Ter um Deus dentro de si é uma expressão que pode significar muitas coisas, contemplando incontáveis ideias. Podemos, a guisa de reflexão, identificar aquele que tem um Deus dentro de si como alguém que encontrou alegria, satisfação no que faz, disposição, força de vontade, coragem para transpor obstáculos, otimismo, fé. Entusiasmados foram todos aqueles homens e mulheres que, ao longo da história, dedicaram e dedicam sua energia em empreendimentos a serviço do bem, das coletividades, da natureza, da vida, enfim.

Entusiasmado foi Francisco de Assis que, no século XII/XIII, revolucionou os conceitos de caridade e amor ao próximo, doando-se de forma integral pelo ideal abraçado.

Entusiasmado foi Martin Luther King Jr (foto), que lutou em defesa dos direitos sociais para os negros e as mulheres, combatendo o preconceito e o racismo. A sua era a luta pacífica, baseada no amor ao próximo, como forma de construir um mundo melhor, estruturado na igualdade de direitos sociais e econômicos.

Entusiasmado foi Albert Sabin, graças a cujo trabalho foi erradicada a paralisia infantil de grande número de países.

Entusiasmado foi Vicente de Paulo, com sua visão abrangente quando à necessidade e à pobreza.



Entusiasmado foi o médium Francisco Cândido Xavier, que serviu ao próximo por décadas e décadas.

Entusiasmada foi Zilda Arns, que morreu atendendo os seus irmãos no devastado Haiti.

Entusiasmados, embora desconhecidos do grande público, são aqueles homens e mulheres anônimos, capazes de tornar feliz uma criança, de transmitir coragem aos enfraquecidos, de levar alegria e consolo a doentes, de se calarem, serenamente, para evitar um conflito no lar ou no trabalho.

Ter um Deus dentro de si é não perder a esperança no ser humano, apesar de tudo aquilo que vemos na vida e que acompanhamos pela mídia. É procurar erguer a cabeça para ver além, com olhos de ver, renovando a confiança em si, em Deus e no outro.

Estar entusiasmado é ter clareza de vistas, quanto ao futuro, e confiança nas próprias capacidades íntimas. É lançar-se na construção de um projeto que retrata a necessidade, mas que antevê as possibilidades de êxito. É ter certeza de que o auxílio do Alto virá.

Cultivar um Deus dentro de si, mais que necessário, é imprescindível e exige nosso esforço na oração, na meditação, no encontro com o outro, na perseverança na obra do bem, no exercício da compreensão.

Redação do Momento Espírita


CRÔNICA

O instinto assassino

Divaldo P. Franco, conta a história de um garoto, que foi abandonado aos 6 meses de idade, na instituição Mansão do Caminho, onde ele dirige. Este garoto, aos 4 anos de idade, fazia faquinhas e ameaçava as voluntárias que ajudavam Divaldo a tomar conta das crianças. Ele dizia que queria enfiar a faca em alguém para sentir o sangue quente escorrer em suas mãos. Divaldo perguntava como ele sabia que o sangue era quente, e ele respondia que não sabia como, mas ele tinha certeza que era quente.

Quando este garoto completou 12 anos, as voluntárias que auxiliavam o médium tinham medo dele. Divaldo então, fez uma terapia de choque. Chamou o garoto e disse que ele teria que ir embora da instituição. O garoto assustou, pediu desculpas e prometeu não ameaçar mais. Estudou e foi evangelizado pela instituição.

Aos 18 anos, o menino pediu a emancipação. Divaldo disse:

– Dou sua emancipação com uma condição: quando você desejar matar alguém, você vem aqui e me mata.

– Mas, tio? . . . – disse o garoto assustado.

– Sim porque se assim fizer é porque eu falhei. A sociedade me entregou você com seis meses. A sociedade nos dá tudo, você não tem nada contra a sociedade, espero, porque a sociedade é a humanidade. Se você matar alguém, é porque eu falhei. Antes me mate, por causa do meu fracasso em relação a você.

O garoto concordou, e foi embora. Após 10 anos, eles se reencontraram. Divaldo então aproveitou e perguntou se ele sentiu vontade de matar. O já rapaz disse que sim, mas que toda vez que sentiu essa vontade, ele via o rosto de Divaldo na sua frente dizendo: “Venha e me mate primeiro”, então, ele se desarmava. Ele agradeceu dizendo que, se não fosse Divaldo e o Espiritismo, ele estaria num cárcere. Divaldo, então, esclareceu:

– Agradeça a sua consciência, que assimilou toda a educação moral e  evangélica que recebeu na Mansão do Caminho. Você fez bom uso do livre arbítrio. Hoje você pode entender, por isso vou lhe contar que os bons espíritos me disseram que você foi um criminoso na encarnação anterior, meu filho. Você trazia no inconsciente a lembrança do sangue jorrando em sua mão quando esfaqueava alguém. Estava tão dentro de você, que explodia na sua memória atual.  Eram flashes do passado.

Resumo de uma história verídica vivenciada por Divaldo P. Franco.




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