3 PONTOS

O risco de aplicativos e grupos de 'carona solidária'

O risco de aplicativos e grupos de 'carona solidária'

Publicada há 6 anos

Livia Caldeira / Marcela Barbar 


Aplicativos e grupos em redes sociais de carona solidária já são uma realidade em diversos países pelo mundo e vêm se espalhando carregados de polêmica. Viajar com desconhecidos é certamente uma opção mais barata e eficiente, inclusive em termos ambienteis, mas é preciso sempre estar atento. O Caso da jovem encontrada morta no Triângulo Mineiro nesta quinta-feira (02) após oferecer carona em publicação no WhatsApp chocou a região e gerou discussões sobre o tema. No Brasil, essa nova mania tem crescido nos últimos anos e ganhando cada vez mais adeptos. Mas em países com altos índices de violência, viajar na companhia de estranhos mesmo com todas as possíveis vantagens econômicas que isto possa oferecer, é algo realmente seguro? A coluna “TRÊS PONTOS” traz a opinião de três fernandopolenses sobre o tema. 


“Não é culpa do aplicativo de caronas”



Eu fiquei horrorizada com os vários comentários que li a respeito da morte de Kelky Cadamuro. Quantas e quantas pessoas a culpando por ter dado carona a um estranho, como se ela tivesse merecido o que aconteceu. Entendam: a culpa não é da vítima. Os grupos de caronas foram criados com o intuito de dividir os gastos e facilitar a vida principalmente dos estudantes que moram longe da sua família. Eu mesma participo desses grupos, já dei muita carona e várias vezes já fui de carona. O que aconteceu com a Kelly foi culpa do criminoso que pegou carona com ela. Por favor, não a culpem. Polpem a família e amigos de lerem coisas maldosas.


(Priscila Machado da Silva – Professora)



“Não acho seguro”



Acredito que esses aplicativos de carona que estão cada vez mais populares no país são uma ferramenta interessante. É barato e prático. Porém não acho que seja seguro pegar caronas com desconhecidos, é realmente perigoso. Eu mesmo, nunca peguei e nunca dei carona utilizando grupos ou aplicativos, é preciso saber quem é a pessoa.


(Rodrigo Pastrolin - Empresário)



“Até quando a vítima será chamada de culpada?”



Tristeza seria a palavra mais correta a ser usada pela tragédia com a Kelly. Porém, o mais doloroso é conviver em uma sociedade que vê as vítimas como culpadas! Até quando as mulheres serão vítimas e ainda chamadas de culpadas?  Até quando iremos arrumar desculpas para as maldades do mundo? A culpa não foi da “carona solidária”, devemos parar de julgar as pessoas e compreender que essas, muitas vezes, se tornam vítimas por ainda acreditarem na bondade do ser humano.


(Isabela Careno - Estudante de Psicologia)












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