“TURBINANDO

Jovens fernandopolenses apostam em intercâmbio

Jovens fernandopolenses apostam em intercâmbio

Experiência de estudar ou trabalhar fora do Brasil pode resultar em ótimos ensinamentos para o futuro

Experiência de estudar ou trabalhar fora do Brasil pode resultar em ótimos ensinamentos para o futuro

Publicada há 7 anos

Irineu e Sirlene, pais de Junio Moretti, durante recente visita ao filho em Budapeste, capital da Hungria 




Por Breno Guarnieri


Tornar-se um profissional ideal para o mercado de trabalho tem sido cada vez mais difícil. Além de exigir qualificação, a maior parte das grandes empresas acaba selecionando pessoas que saibam falar mais de uma língua e já tenham tido algum tipo de experiência no exterior.


Passar um tempo em outro país é uma saída para quem deseja “turbinar” o currículo e conhecer uma cultura diferente da usual. “A maioria dos jovens procura fazer um intercâmbio com o objetivo de aprimorar o idioma e ganhar experiência de vida”, destacou Paulo Serafiano, gerente da CI (Central de Intercâmbio).


Junio Irineu Moretti, 29 anos, esteve, recentemente, na Hungria com o intuito de aperfeiçoar o idioma - inglês, no caso. Junio diz que o que mais chamou sua atenção foi a cultura do país europeu e o convívio com as pessoas. “Houve um gigantesco choque cultural, primeiramente logo na chegada, pois me deparei com o dialeto local, que tirando pouquíssimas palavras (sim, o húngaro possui palavras iguais ao português) não se assemelha a nada com a nossa língua. Eles são ‘fechados’, não gostam de conversar muito, porém, são extremamente educados”, destacou.


Em relação ao frio, Junio, natural de Fernandópolis, relata que foi a primeira vez em sua vida que viu neve. “É maravilhoso nos primeiros 10 minutos, mas depois começamos a perceber que a neve atrapalha e muito a vida das pessoas daqui. Eles (húngaros) têm uma boa estrutura para suportar períodos de frio, como aquecedores e água bem aquecida, inclusive importante para os banhos”, ressaltou.


ESTADOS UNIDOS


A estudante de Economia, Amanda Gomes, 24, está nos Estados Unidos e conta que em quatro meses aprendeu mais inglês do que em dois anos de aulas particulares em Fernandópolis. “São pessoas do mundo todo, então o único jeito é perder a vergonha e falar. Os americanos são bem receptivos, eles sempre tentam entender o que nós estamos tentando dizer e sempre ajudam na pronúncia”, afirmou a jovem que volta ao Brasil somente no final do ano.


“UPGRADE”


De acordo com Paulo Serafiano, em Fernandópolis, a faixa etária que mais procura intercâmbio é a dos 20 a 32 anos, com o objetivo de melhorar o nível de inglês e dar um “upgrade” na carreira profissional.
Foi o caso de Bruno Silveira, 31, que passou 8 meses no Canadá e está de volta a Fernandópolis há poucos dias. “Foi uma grande oportunidade para conhecer e conviver com pessoas nativas do local”, disse.


VISTO


Antes de fazer o intercâmbio, a pessoa deve se informar sobre as exigências para entrar em cada país. Junio e Bruno contam que não tiveram muitas dificuldades para entrar nos seus respectivos países. Já Amanda teve de esperar 40 dias pela entrevista no Consulado dos EUA, mas sem sustos.



últimas