LATROCÍNIO

Identificado 4° envolvido no assassinato de Kelly

Identificado 4° envolvido no assassinato de Kelly

Publicada há 6 anos

Da Redação 


O delegado Bruno Giovanini, responsável pela investigação do latrocínio de Kelly Cristina Cadamuro, afirma que foi identificada uma quarta pessoa envolvida no crime. O suspeito, que é de São José do Rio Preto e está foragido, ficaria com o carro da vítima, mas o autor do assassinato, Jonathan Pereira do Prado, não conseguiu fazer a entrega do veículo após o crime.


Kelly foi assassinada no dia 1º de novembro após dar carona para Jonathan, numa viagem de Rio Preto a Itapagipe (MG). Depois de matar a jovem, às margens do rio Marimbondo, em Frutal, o suspeito voltou com o carro da vítima e foi identificado por câmeras em posto de pedágio.


"Por meio da quebra de sigilo descobrimos que, após o crime, Jonathan usou o celular de Kelly para ligar várias vezes para o telefone desta pessoa que iria ficar com o carro" explica o delegado. O plano de Jonathan deu errado porque, enquanto ele dirigia o Fox por ruas de Rio Preto, a caminho do comprador, ficou sabendo, por meio de um aplicativo de celular, que o veículo tinha entrado para lista de carros roubados. Neste momento, decidiu se livrar do carro na estrada rural entre Rio Preto e Mirassol, ficando apenas com as rodas e o rádio.


Bruno afirma que já tinha obtido, no dia 6, autorização judicial para quebra de sigilo telefônico dos envolvidos, mas diz ter segurado a informação por estratégia.


Três mulheres escaparam

"Outra informação que conseguimos por meio da quebra de sigilo foi que Jonthan ligou para mais três mulheres, antes de Kelly, para pedir carona até Itapagipe. Como elas recusaram ou nem deram resposta, ele recorreu novamente ao grupo de WhatsApp", explica o delegado.


Todas as três mulheres que recusaram dar carona para Jonathan estão sendo ouvidas pelo delegado Fernando Tedde, da DIG de Rio Preto. A polícia não descarta a possibilidade de mais mulheres terem sido abordadas.


"O fato de Jonathan ter tentado carona com mais três mulheres descarta a possibilidade do crime ter sido encomendado", diz o delegado de Frutal.


Quanto ao fechamento do inquérito em dez dias, Bruno afirma que teve de cumprir o prazo previsto dentro da legislação, senão haveria risco da Justiça colocar Jonathan em liberdade.


O inquérito foi enviado ao Ministério Público que deve denunciar Jonathan pelos crimes de latrocínio, estupro e ocultação do cadáver. Os outros dois suspeitos, Wander Luís Cunha e Daniel Teodoro da Silva, que estão presos, vão responder pelo crime de receptação.


Advogado vai a Minas

O advogado Jorge Argemiro Souza Filho, contratado pela família de Kelly para acompanhar as investigações, vai ter na sexta-feira reunião com o MP sobre o andamento do processo. A intenção é pedir a reabertura do inquérito para que sejam ouvidas todas as testemunhas do caso, inclusive familiares.





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