ECONOMIA

Indústria paulista perde 10,5 mil vagas de empregos em novembro, aponta Fiesp

Indústria paulista perde 10,5 mil vagas de empregos em novembro, aponta Fiesp

Queda de 0,49% no mês é a menor para novembro desde 2013

Queda de 0,49% no mês é a menor para novembro desde 2013

Publicada há 6 anos

Assessoria de Imprensa 


A indústria paulista perdeu 10,5 mil postos de trabalho em novembro,

queda de 0,49% em relação ao mês anterior, na série sem ajuste

sazonal. Apesar do saldo negativo, esse resultado para o mês é o

melhor apresentado nos últimos quatro anos. Em novembro de 2014, o

recuo chegou a 1,44%, com a demissão de 37 mil trabalhadores. No

acumulado do ano, o saldo ficou negativo, com o corte de 2 mil empregos

(-0,10%). Já com ajuste para o mês, o saldo fica positivo (0,04%). Os

dados são da pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo

divulgados nesta terça-feira (12/12) pelo Departamento de Pesquisas e

Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo e do Ciesp (Depecon).


Segundo o diretor titular do Depecon, Paulo Francini, esse resultado

está dentro do esperado para o período, mas com o diferencial de

apresentar uma queda menos agressiva quando comparado ao mesmo período

de anos anteriores. "É relativamente normal esse esgotamento de emprego

em novembro. Os meses de novembro e dezembro refletem as perdas causadas

pela sazonalidade da indústria", avalia Francini.


A indústria paulista deve fechar o ano com saldo negativo, segundo

projeções do Depecon. A expectativa para dezembro é de demissão de

23 mil trabalhadores, e para 2017 o fechamento de 25 mil postos de

trabalho. "O saldo a ser apresentado em dezembro deverá ser também um

dos menores para os últimos 10 anos. Em dezembro de 2005, foram

fechadas 33 mil vagas de emprego. Esse resultado sinaliza recuperação

em curso. O ano de 2018 deve ser positivo na geração de emprego",

completa Francini.


SETORES E REGIÕES


Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de novembro,

6 ficaram positivos, 12, negativos e 4, estáveis.


Entre os positivos, os destaques ficaram por conta do setor de produtos

de minerais não metálicos, com geração de 624 postos de trabalho,

seguido de veículos automotores, reboques e carrocerias (554).


No campo negativo ficaram, produtos alimentícios (-4.669) e coque,

derivados do petróleo e biocombustíveis (-3.857).


A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes

regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do CIESP.

Por grande região, a variação no mês ficou negativa no Estado de

São Paulo (-0,49%), na Grande São Paulo (-0,04%) e também no interior

paulista (-0,64%).


Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 9

que apontaram altas, destaque por conta de Matão (2,22%), influenciada

pelo setor de máquinas e equipamentos (1,69%) e confecção de artigos

do vestuário (8,74%); São João da Boa Vista (1,10%), por produtos de

minerais não metálicos (6,42%) e produtos de metal (0,55%) e Santo

André (0,87%), por produtos alimentícios (15,94%) e veículos

automotores e autopeças (0,85%).


Já dos 19 negativos, destaque para Presidente Prudente (-3,87%), por

coque, petróleo e biocombustíveis (-18,39%) e produtos alimentícios

(- 0,52%); Franca (-2,71%), por produtos alimentícios (-4,64%) e coque,

petróleo e biocombustíveis (-16,89%); Sertãozinho (-2,06%),

influenciado por produtos alimentícios (-3,13%), máquinas e

equipamentos (-2,66%).





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