Mariangela Angeluci Siqueira é Psicóloga Clínica, Palestrante, Coach Vocacional e Terapeuta Reikiana.

CRP 06/99325

Relembrandoque na semana passada falamos de que, o primeiro passo para tal, seriaencontrar o seu propósito, a sua vocação e que uma possível maneira dedescobrir isso seria viajar de volta para sua infância, respondendo aquelaperguntinha básica: “O que quero serquando eu crescer?”. Nos recônditos da nossa infância se escondem as nossasmais puras verdades, a nossa mais pura essência.

“Caminhante, não há caminho. O caminho sefaz ao caminhar.” (Antonio Machado – poeta espanhol) 

Éimportante ressaltar que o caminho que escolhemos percorrer será delimitadoconforme for percorrido e isso abre grande espaço para o erro, o equívoco. Noentanto, costumamos nos opor a possibilidade de cometermos erros e fazermosescolhas equivocadas. Buscamos provar nossa maestria, mostrar nossa perfeição,estamos o tempo todo atrás da aceitação, do pertencimento e isso nos tornaescravos de nós mesmos. Qualquer ação com o objetivo de provar algo a alguém,ou a nós mesmos, nasce da carência, do medo. 

Sefaz necessário termos ciência do fato de que é completamente aceitável (e até,esperado) que sigamos errando em nosso caminho, mas, o que dificulta a você selevantar é que você fica lá embaixo se lamentando por ter caído. Diga a simesmo: “Eu posso errar!”, repitaisso, em voz alta, quando sentir que está se culpando por ter feito uma escolhainoportuna. Diga isso até sentir seu coração mais leve. Olhe para si, saiba quepode errar, levante e siga em frente, obviamente muito mais experiente epreparado para as próximas etapas da sua jornada. 

Oprincipal obstáculo para a libertação é sempre a negação da imperfeição. Abusca de sermos perfeitos é o que mais nos distancia da felicidade. “Perfeito”vem do latim PERFECTUS, “completo”, particípio passado de PERFICERE, “acabar, terminar,completar”, de PER-, “completamente, de todo, sem faltar nada”, mais FACERE,“fazer, levar a efeito”. Ou seja, nunca seremos seres terminados, acabados,completos enquanto estivermos vivos. Estamos em constante transformação e,quando não nos permitimos errar, impedimos a nossa evolução, acabamos por nosrender a uma ditadura do ideal. 

Lembre-se:“Caminhante, não há caminho. O caminho sefaz ao caminhar.”