Por Zé Renato
Nesta segunda-feira, acompanhei meus filhos. Fomos para Rio Preto, a fim de realizarem a segunda etapa das provas dos exames vestibulares da UNESP. O início duas horas, chegada uma hora antes do começo da prova. Levei-os.
O problema é: o que fazer?
A Jacqueline não pode me acompanhar, tinha o horário do colégio. Então: irmos somente os três.
Para aguardá-los, levei um livro. Nietzsche. Pois bem, onde lê-lo? No inferno de um shopping?
Impossível. Bem que tentei.
Outra solução: ir ao cinema. Problema maior, ou tão grande quanto. Sou seletivo no que diz respeito a filmes. Se quiserem rotular, sem problemas, sou elitista. Dane-se. Não assisto a qualquer coisa.
Porém, havia o problema de “matar o tempo”. Leitura inviável, restava o cinema.
Por exclusão, não havia outro critério, sobrou “Extraordinário”.
Começou bem: livrei-me dos trailers. Odeio.
Assisti.
Recordei-me de comentários acerca da película na GLOBONEWS. Falaram maravilhas da obra.
Com muitas reservas, pensei: menos!
Todavia, o elenco é encabeçado por Julia Roberts e Owen Wilson, com uma pequena participação da diva Sonia Braga. Um alento.
O filme é meloso, apelativo e óbvio.
Planos e tomadas convencionais, com um roteiro que oscila do ululante ao exageradamente “sentimentalóide”.
A mim ficou a sensação-certeza de que, diretor e roteirista pensaram: “- Quer chorar? Então, toma!”
Com dez minutos de filme, o espectador atento sabe o que ocorrerá.
Não tenho nada contra melodramas. Ao contrário, gosto às vezes.
No entanto, se for para assisti-lo, que seja de um mestre no gênero: prefiro o grande Raoul Walsh.