NA CURVA DO RIO

Perdidos na selva

Perdidos na selva

Por Chico Piranha

Por Chico Piranha

Publicada há 6 anos


Não faz muito tempo, dois conhecidos freqüentadores do Bar Sete, combinaram uma pescariano velho e bom rio São José dos Dourados, logo depois da Vila Cruzeiro. Conferiram a tralha, o trato e as iscas e se mandaram para mais uma aventura.

Chegando ao local, escolheram um ponto de pesca, jogaram trato, ajeitaram a tralha e começaram acertando a mão, pegando belos piaus três pintas, daqueles bem “morrudos”. A pescaria estava garantida, e prá comemorar cada peixe fisgado, uma beiçada no garrafão da “marvada”. E isso aconteceu durante a tarde inteira. A noite chegou e eles, distraídos, nem se deram conta.

Quando desconfiaram da mão, a meléca já estava feita! Para chegarem ao local onde haviam deixado o carro, perto da ponte, teriam que caminhar mais de um quilômetro,rasgando uma floresta de arranha-gatos na escuridão. Como os dois já estavam “meio travados”, a coisa complicou. Mas como não havia outro remédio, tinham que tocar adiante. E corajosos, foram...

Caminharam horas e nada de chegar na estrada onde haviam deixado o carro. Exaustos, concluíram que estavam andando em círculos, no meio daquela interminável floresta. E aí, de comum acordo, decidiram dormir no meio da mata. O jeito era esperar o dia clarear...

No dia seguinte, com o sol já bem alto e o “radiador pegando fogo”, descobriram que estavam a poucos metros da tal estrada. E a imensa e interminável selva, onde se perderam e passaram a noite, era um belo mandiocal.



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