Por R7 

A Polícia Civil confirmou que Lucas Antônio Lacerda da Silva, de 22 anos, morreu por descarga elétrica, após enconstar em um poste com câmeras de monitoramento público instalado na rua da Consolação com a rua Matias Aires, no centro de São Paulo. Polícia ainda apura os responsáveis pela morte do estudante.

A tragédia ocorreu durante a passagem de um bloco de rua, no domingo (4). Logo após o contato com o equipamento, Silva sofreu uma descarga elétrica e desmaiou. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

A empresa Dream Factory, responsável pela infraestrutura do carnaval de rua, lamentou o ocorrido com o estudante e afirma que está à disposição para colaborar com as investigações. No poste em que o jovem foi eletrocutado, foram instaladas duas câmeras para monitoramento.

No dia 6 de fevereiro, a Prefeitura de São Paulo afirmou que não autorizou a colocação das câmeras de segurança. O Illume, departamento responsável pela iluminação pública da capital, disse que não recebeu pedido ou sequer autorizou qualquer tipo de instalação.

Por meio de nota, Dream Factory informou que "somente a perícia dos órgãos competentes poderá informar se a causa da morte está ou não associada a instalação das câmeras da GWA System.”

O caso

Silva morreu eletrocutado após segurar no poste para pular uma barreira de proteção.

Heitor Henrique Ciciliano, amigo da vítima que presenciou a cena, ele e Silva estavam seguindo com o bloco "Acadêmicos do Baixo Augusta", na rua da Consolação, no centro de São Paulo, quando decidiram ir ao banheiro.

Segundo o jovem, os dois entraram na rua Matias Aires e, ao retornarem para o bloco, tentaram passar pelas grades de segurança instaladas na rua. Ciciliano contou que seu colega estava em sua frente e se apoiou no poste de sinalização para pedestres para não tropeçar.

Com isso, ele levou a primeira descarga elétrica e caiu no mesmo momento. O amigo ainda afirmou que  Silva, ao cair, encostou o pescoço no poste novamente e levou a segunda descarga elétrica, que queimou o pescoço do jovem.

Ciciliano contou que a ambulância que socorreu o jovem levou cerca de 30 minutos para chegar até o local e que o amigo foi socorrido à Santa Casa, onde não resistiu aos ferimentos.

O caso foi registrado no 78º DP (Jardins).

Enterro

O corpo de Silva foi liberado do Instituto Médico Legal Central e retirado pela família na tarde desta segunda-feira (05).

De acordo com Ciciliano, amigo da vítima que estava com ele no momento do incidente, o corpo Silva será enterrado em Cardoso, cidade natal de Lucas.

https://noticias.r7.com/sao-paulo/laudo-confirma-que-estudante-morreu-eletrocutado-20022018