José Renato Se

Perdas e Ganhos. Em Linguagem Contábil.

Perdas e Ganhos. Em Linguagem Contábil.

Por José Renato Sessino Toledo Barbosa - Professor

Por José Renato Sessino Toledo Barbosa - Professor

Publicada há 6 anos

Afirmei diversas vezes a minha opção por não ser pai. Acabei por sê-lo.

Desde então, amo meus filhos, como minha mulher, acima de tudo.

Apaixonei-me pelo exercício da paternidade.

Não é fácil, ao contrário, é uma atividade hercúlea: de paciência, de doação, de compreensão, de discussão, de brigas, de reclamações, de cobranças...de paixão e de amor. Principalmente os dois últimos.

Amar os filhos não é uma coisa óbvia e simples, como não é o amor. Eros e Tanathos dançam num tênue fio, o qual compõe a vida. Neikós (ódio) e Philia (amor) equilibram-se e celebram a vida. Vence Philia. O amor é incondicional. É incausado. Ama-se.

O dia mais difícil de minha vida foi àquele em que eu e a Jacqueline, deixamos a Isabelle em definitivo em Assis. Não dormi na noite que antecedia ao evento, nem na seguinte.

Tudo bem, passou. Sei, foi para seu benefício: iniciara sua vida acadêmica, no curso que escolhera. Ela é feliz.

Ótimo. Nós também.

Chegou a vez da Sophia.

Segunda-feira, eu e a Jacqueline, levamos nossa filha para o início de sua vida acadêmica, noutro Estado, noutra cidade. Novo domicílio, nova vida.

Também não dormi.

Revive o mesmo drama que sofrera com a Isa.

Passará.

Os filhos são criados para o mundo.

Damos ou devemos dar a eles, formações moral e ética, suporte psicológico e financeiro. Todavia, acima de tudo, carinho e amor.

O restante, é por conta deles, de suas escolhas.

Saberão fazê-lo.

Confiamos neles.

Foram educados para a autonomia.

Nos orgulhamos deles e os amamos incondicionalmente.

O Perseu aguarda resposta da UNESP. Conseguirá.

O próximo a partir é ele.

Sempre brinquei: ficaríamos, eu, a Jacqueline e os cachorros. Seria ótimo. Não é.

Fazem muita falta!

A saudade é imensa.

É a vida.

Escolheram e escolhemos.

Os queremos livres e felizes.

“...O seu amor... Ame-o e deixe-o...

Livre para amar...

Ser o que ele é...”. (Gilberto Gil e Caetano Veloso in “O seu Amor” Doces Bárbaros)




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