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Após demitir 300 funcionários, frigorífico não tem previsão de reabertura

Após demitir 300 funcionários, frigorífico não tem previsão de reabertura

Acordos jurídicos objetivam dividir em 10 vezes as indenizações aos funcionários da unidade fernandopolense

Acordos jurídicos objetivam dividir em 10 vezes as indenizações aos funcionários da unidade fernandopolense

Publicada há 6 anos

Breno Guarnieri


A indústria frigorífica da região sofreu “novo abalo” com a confirmação do fechamento da unidade de Fernandópolis do frigorífico da Premier Foods, que gerava cerca de 300 empregos diretos.


Segundo apurou a reportagem de “O Extra.net”, a unidade está fechada há um mês e não tem previsão de reabertura, em razão de imbróglios judiciais. Ainda de acordo com informações obtidas, o motivo do fechamento da unidade foi pelo atraso de repasses de recursos do Estado, os quais se acumularam em torno de R$ 3 milhões.


Em contato com um dos funcionários demitidos, a reportagem também foi informada de que o fechamento da unidade se deu pela má administração do grupo iraniano. “Foi uma série de fatores e um deles foi a má administração realizada pelo tal grupo, o que acabou prejudicando diversas famílias fernandopolenses, pois muitos ainda não conseguiram voltar ao mercado de trabalho. É uma situação delicada”, destacou o ex-funcionário, que preferiu não se identificar.


Ainda segundo o ex-funcionário, foram criados “grupos de funcionários” para audiências na Justiça. “Prometeram para nós que iam parcelar em 10 vezes as nossas indenizações. Espero que cumpram o que prometeram”, acrescentou o ex-funcionário.


Esfera criminal

A juíza da 5ª Vara Criminal de Rio Preto, Glaúcia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, condenou o empresário rio-pretense Alfeu Crozato Mozaquatro, ex-proprietário do frigorífico, a sete anos e nove meses de prisão, em regime fechado, por um esquema de fraudes e sonegação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por meio de empresas "laranjas", caracterizado como crime contra a ordem tributária.


O empresário foi apontado como líder de megaesquema que sonegou R$ 1,6 bilhão em impostos no comércio de carne e derivados da região e é réu em dezenas de ações penais e de execução fiscal. Ele já foi condenado pela Justiça Federal. Outros cinco investigados também foram condenados pela Justiça estadual.




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