MOMENTOS CONTUR

Fefecê chega aos 57 anos sem muitos motivos para comemorar

Fefecê chega aos 57 anos sem muitos motivos para comemorar

Águia enfrenta um dos momentos mais conturbados de sua história, sem saber do futuro

Águia enfrenta um dos momentos mais conturbados de sua história, sem saber do futuro

Publicada há 6 anos

Breno Guarnieri



O Fernandópolis Futebol Clube (Fefecê) completou nesta quinta-feira, 15, 57 anos de história. Motivos para comemorar? O torcedor fernandopolense não tem tantos assim. O clube passa por momentos difíceis desde a temporada 2016, quando foi rebaixado no Campeonato Paulista da Série A3.


Apesar do rebaixamento daquele ano, o clube viveu um momento de resgate do orgulho e do amor de seu torcedor. Em 2015, a conquista do vice-campeonato Paulista da Quarta Divisão reacendeu em toda a cidade o carinho pelo clube. O estádio municipal Cláudio Rodante lotou nos jogos decisivos.


Descrédito

Com o rebaixamento na Série A3, o clube caiu em descrédito. Na temporada seguinte, em 2017, o clube não participou de competições profissionais, afastando o torcedor do “Ninho da Águia”. Em 2018, o Fefecê viveu uma “crise de confiança”. Com um time montado “às pressas” pela diretoria, o clube não passou da primeira fase do Paulista.


Em meio à crise, a temporada 2019 ainda é uma incógnita para o Fefecê. Não há chapas em disputa da presidência do clube. O atraso para resolver tal situação, dificulta o planejamento para o ano que vem.

“Ninguém queria estar passando por isso, mas é coisa do futebol. Nós, torcedores, queremos que o clube dê a volta por cima. Nada que a gente fale justifica o momento de crise. Nada consola. Só nos resta torcer por dias melhores para a nossa Águia”, destaca o torcedor José Paulo Guimarães, de 45 anos.


Fundação

Fundado em 15 de novembro de 1961, o clube recebeu o nome de Associação Bancária do Esporte, mas em 1965, por decisão dos associados, passou a ser chamado pelo nome que carrega até hoje.


Com a antiga denominação, disputou o Campeonato Paulista da Terceira Divisão e, a partir do novo nome, esteve inscrito na Segunda Divisão, onde permaneceu até 1968. Nas temporadas de 1969 e 1970, o clube solicitou à Federação o seu afastamento, disputando apenas amistosos com o elenco profissional. Entretanto, voltou às competições em 1971 no terceiro escalão, em que ficou até 1976.

Em 1977, a Federação remodelou o campeonato estadual e incluiu o Fefecê na Quarta Divisão, a qual disputou em 1977, 1978 e 1979. Neste último ano, com uma campanha impecável, o clube levantou a primeira taça de sua história, ao se consagrar campeão da Segunda Divisão. Com o título, a equipe de 79 teve a oportunidade de disputar pela primeira vez a Divisão Intermediária Estadual no ano seguinte.


Com uma reformulação do Campeonato Paulista em 1980, o Fefecê foi realocado na Segunda Divisão (atual Série A2), e nela permaneceu por 13 anos. Em 1993, a equipe disputava a Divisão Intermediária equivalente à Segunda Divisão (atual A2). Apesar de ter feito uma boa campanha, se classificando para a fase final do torneio, a Federação novamente remodelou seus campeonatos, dividindo em Série A1, A2, A3 e B1-A.


O rebaixamento do clube para a série B1-A aconteceu de forma extra-campo, por não ter cumprido uma determinação da FPF que determinava o rebaixamento de todos os times que não possuíam estádio com capacidade de 15 mil pessoas à recém criada série B1-A.


Em sua estreia no quarto escalão, em 1994, após conquistar a liderança na última rodada do estadual, o Fefecê se consagrou pela segunda vez campeão da categoria e conquistou o acesso para a Série A3. Após duas temporadas sem sucesso, o clube foi novamente rebaixado em 1997 para o quarto escalão do estadual.

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