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Casos de dengue “explodem” e Fernandópolis registra a maior epidemia da história

Casos de dengue “explodem” e Fernandópolis registra a maior epidemia da história

Número de cidadãos que contraíram a doença a passa dos 3,2 mil; uma morte já foi oficialmente confirmada no município; no Estado chega a 60

Número de cidadãos que contraíram a doença a passa dos 3,2 mil; uma morte já foi oficialmente confirmada no município; no Estado chega a 60

Publicada há 5 anos


Da Redação 

Apesar da atuação contundente do Ministério Público Federal-MPF, através da Promotoria de Jales, o número de casos de dengue disparou em Fernandópolis e hoje o município está atravessando a pior epidemia de sua história.

Neste ano, totalizados os números de janeiro a abril, foram registrados 3.173 casos positivos para a doença. Considerando-se o total do ano epidemiológico o índice salta para 3.238. Os dados provêm da Secretaria de Saúde do município.

Porém os números podem ser ainda maiores. A própria Saúde admite que muitos casos não são notificados oficialmente e não entram para as estatísticas.

O atendimento a pacientes com a doença (ou suspeitas) tem provocado lotação nas dependências da Unidade de Pronto Atendimento-UPA e também na Santa Casa, com a consequente demora no atendimento.

Uma morte relacionada à dengue já foi confirmada no município no início de março. A vítima foi uma idosa de 69 anos. No Estado o número atinge 60 vítimas fatais.

MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público Federal enviou uma série de questionamentos para a Prefeitura de Fernandópolis. O assunto em pauta: a dengue epidêmica. A Procuradoria da República lembra à Prefeitura que, até quando o deslize é dos moradores, a responsabilidade é do Poder Público.

Segundo apurou a reportagem publicada na última quarta-feira, 24, além de Fernandópolis, 21 Prefeituras de cidades da região também receberam a série de questionamentos. “Nós estamos fiscalizando para punir as pessoas que não tomam conta dos seus terrenos e quintais, e também para verificar o que as cidades estão fazendo para diminuir o risco de contrair a doença”, diz o procurador público José Plates.

As 22 cidades, que tiveram índice de larvas acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, terão dez dias para responder ao MPF, nas mais extensas é maior número de casos positivos da doença.

PAGAMENTO EXTRA

Na tentativa de conter o avanço da dengue, a Secretaria Estadual da Saúde vai pagar extra a cerca de mil agentes das Prefeituras que se dispuserem a trabalhar aos sábados no combate ao mosquito Aedes aegypti.

A remuneração será de R$ 120 por dia de trabalho. Serão atendidos de imediato 50 municípios com incidência superior a 300 casos de dengue por 100 mil habitantes e com tendência de aumento. A maioria das cidades fica nas regiões noroeste e norte do Estado.

Além da dengue, o Aedes transmite zika e chikungunya, sendo ainda potencial transmissor da febre amarela. A pasta vai usar, de início, R$ 238,5 mil do Fundo Estadual de Saúde para pagar as diárias. As prefeituras terão de assinar termo de adesão e garantir que os agentes trabalhem ao menos dois sábados por mês. Eles terão de fazer visitas domiciliares para eliminar criadouros do mosquito e mobilizar a população nessas ações, elaborando relatórios das atividades. A Secretaria fornecerá orientação e apoio técnico.

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