Por Marcela Barbar

A empresa Central Park, que venceu licitação em dezembro de 2018, é a responsável por explorar a Área Azul da região central da cidade pelos próximos dez anos. O serviço, que esteve inoperante por certo tempo, voltou a operar com poucos monitores e isso vem acarretando sérios problemas, segundo usuários dos estacionamentos rotativos. A reportagem de “O Extra.net” entrevistou alguns usuários sobre o assunto.

O EXTRA: O que você está achando da nova Área Azul da cidade?

ISMAEL: Para mim só complicou, porque antes era bem mais fácil, mas agora tem esse cartão preferencial para o idoso e para o deficiente e você roda, roda, roda e não encontra lugar. Aí você procura alguém pra colocar o cartão e não acha. 5 minutos que você vai em algum lugar, quando você volta tem o cartão de multa, aí ou você paga ou leva a multa e leva os pontos na carteira.

DANIELE: Como eu uso muito pouco, eu venho pouco ao centro da cidade, eu coloco crédito no aplicativo então para mim está sendo tranquilo, eu ainda não precisei de nenhum funcionário da área azul. Sem o aplicativo pelo o que eu vejo nas poucas vezes que eu venho ao centro, fica um pouco complicado, porque realmente aqui, por exemplo, eu não vejo nenhum funcionário que me remeta à Área Azul, então sem o aplicativo eu acredito que é complicado ter que procurar os pontos de vendas na cidade e ao nesse meio tempo de procurar um lugar que venda, quando a gente retorna de repente já tem uma multa ali para ser paga. 

Veja agora a opinião dos empresários 

O EXTRA: O que você está achando da nova Área Azul da cidade?

NILTON: Na minha visão, eu vejo benéfico à questão da Área Azul devido à rotatividade, mas eu acho que a empresa peca um pouco na parte dos monitores para estar apresentando os tickets para os usuários, então eu acho que devia ter um pouco mais de funcionários e um pouco mais de atenção na entrega dos tickets porque as pessoas chegam aqui na loja e perguntam se estamos vendendo os tickets e nós não oferecemos esse tipo de trabalho. 

LÍDIA: É importante a zona azul devido a alta rotatividade do usuário e dando maior dinamismo, troca de vagas, mas a única dificuldade seria a localização das monitoras que dificulta para as pessoas que são de fora e não tem o aplicativo, poderia melhorar nesse item. 

A reportagem entrou em contato com o gerente da Central Park de Fernandópolis, Carlos Eduardo Cortez da Costa, para saber se contratarão mais monitores.

O EXTRA: A empresa Central Park vai contratar mais monitores para a cidade de Fernandópolis? Se sim, quando será essa contratação e quantas pessoas serão contratadas?

CARLOS: A empresa tem o maior respeito pelo munícipe de Fernandópolis e busca inúmeras alternativas, para melhor atender a demanda. Contamos com 20 monitores e fará a contratação sempre que houver necessidade, porém, não podemos deixar de citar que o aumento dos monitores aumenta a fiscalização, pois ao contrário do que imagina, apesar dos monitores vender ticket, ele também monitora a irregularidade, aumento dos monitores aumenta a fiscalização. Vale ressaltar que o maior canal de vendas são os pontos fixos lojas
 parceiras, localizadas no centro da cidade. Os monitores ficam circulando no centro, os pontos fixos não, o que facilita a localização e a compra de ticket. Hoje, contamos com mais de 70 pontos de vendas o que dá uma proporção de 1 ponto de venda a cada 20 vagas. E, ainda contamos com o aplicativo que já representa quase 30% de toda venda de estacionamento rotativo na cidade de Fernandópolis.

O EXTRA: Se o usuário do estacionamento rotativo não pagar a notificação de R$ 10, que recebeu por não ter colocado o ticket no carro, o que acontece?

CARLOS: Caso o usuário não regularize o pagamento da notificação, o mesmo ficará sujeito a multa de trânsito pelo agente de trânsito do município.

 O EXTRA: Quais são os processos pós-notificação?

CARLOS: As imagens são geradas em tempo real pela câmera de vídeo dos aparelhos dos monitores para a central, onde a mesma é repassada para o Agente de Trânsito. As imagens ficam disporeis por 02 dias úteis para que usuário faça o pagamento da tarifa de R$ 10,00. Caso não o faça o pagamento, o agente de trânsito do município fará nova contestação e o usuário estará sujeito à multa de trânsito no valor de R$ 195,23 e ainda receberá 05 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).