Murilo Jacob na sessão desta terça-feira, 3, na Câmara Municipal de Fernandópolis

Gustavo Jesus

O vereador Murilo Jacob voltou a usar a Tribuna na sessão da Câmara Municipal para mostrar novos fatos que envolvem a administração da OS de Andradina na Santa Casa de Fernandópolis. Em discurso transmitido ao vivo pelas redes sociais do parlamentar, nesta terça-feira, 3, Jacob apontou irregularidades na aquisição do software utilizado para gerenciar AME, Lucy Montoro e o próprio hospital, e mostrou dívidas acumuladas com padaria, laboratório e médicos da Unimed.

De acordo com o edil, a OS de Andradina contratou uma empresa de software de gestão pagando valores mais de três vezes acima do contrato anterior. A empresa, que é de propriedade de um ex-funcionário da OS, ganha cerca de R$ 18 mil por mês no AME e R$ 16 mil na Santa Casa, enquanto a empresa anterior, pelo mesmo serviço prestado ao AME, faturava R$ 5 mil mensais. 

O empresário, esteve presente na primeira diretoria que a OS de Andradina montou na Santa Casa de Fernandópolis. Também há indícios que a empresa foi favorecida no processo licitatório promovido para a contratação do software de gestão.

MAIS DÍVIDAS

Murilo também citou dívidas que a OS deixou de pagar nos último meses. Entre os débitos estão R$ 30 mil de gastos em uma padaria, 10 meses de atraso no repasse para o laboratório (cerca de R$ 50 mil por mês) e a apropriação indébita de um ano dos valores que deveriam ser recebidos pelos médicos da Unimed através de repasses do convênio.

Durante seu discurso, Murilo também imputou aos médicos parte da culpa pela situação do hospital. "Não vamos esconder, sabemos que os médicos que participaram deste absurdo que estava na Santa Casa são os que são dono da ortopedia, do raio X, da hemodiálise e de outros setores que eles tratam como se fosse extensão da sua casa, enquanto a maioria dos médicos que são honestos estão há anos sem receber".