RECICLAGEM

AES Tietê inicia projeto pioneiro para a reutilização de placas solares em áreas de recuperação florestal

AES Tietê inicia projeto pioneiro para a reutilização de placas solares em áreas de recuperação florestal

Iniciativa foi idealizada pela equipe técnica da empresa que atua no Complexo Solar Guaimbê

Iniciativa foi idealizada pela equipe técnica da empresa que atua no Complexo Solar Guaimbê

Publicada há 4 anos

Da Redação

Colaboradores da AES Tietê deram início a um projeto-piloto que tem objetivo de recuperar e reutilizar placas solares descartadas do Complexo Solar Guaimbê. A experiência começou em dezembro do ano passado, por iniciativa da equipe da empresa que atua na área de condicionantes ambientais, que identificou o potencial de reuso do material já recuperado do Complexo Solar.

Segundo a coordenação do projeto, a ideia central é adaptar as placas recuperadas e utilizá-las como fonte geradora de energia para as cercas elétricas localizadas no entorno de uma Área de Preservação Permanente (APP) do reservatório da Usina Hidrelétrica de Promissão. 

É válido destacar que no processo tradicional de descarte, as placas são encaminhadas conforme as determinações da legislação vigente (Lei nº12.305/2010), na qual os componentes são separados e enviados para reciclagem. Um documento regulamentado posteriormente, o decreto nº 7.404/2010 consolida as diretrizes sobre gerenciamento de resíduos sólidos e delega responsabilidade da gestão de resíduos perigosos, proveniente de equipamentos elétricos e eletrônicos, aos geradores.

A escolha do local também foi definida estrategicamente, visto que uma única placa foi suficiente para eletrificar 50 quilômetros de cerca que protege cinco hectares da área, em fase de restauração ecológica. 

Segundo o Engenheiro de Meio Ambiente da AES Tietê, Emerson Viveiros, depois da implantação da cerca elétrica alimentada pelas placas solares não houve mais degradação da área pelo rebanho da região e a ideia é replicar o projeto para outros locais. "Nossa equipe monitorou a Área de Preservação Permanente e a cerca funcionou com eficiência, o que possibilita replicar a solução em outros locais. O procedimento reduzirá a geração de resíduos decorrentes do descarte das placas, além de contribuir com a sociedade na questão de preservação ambiental", observa. 

Importância da reciclagem

As placas solares são peças fundamentais para geração de energia solar, a partir da tecnologia fotovoltaica, e produzem energia elétrica 100% limpa. Entretanto, uma situação identificada e que está no radar das instituições ligadas ao setor elétrico é a complexidade para realização do descarte. 

Um estudo divulgado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em 2016 apontou que mais de 78 milhões de toneladas de equipamentos fotovoltaicos serão acumuladas mundialmente até 2050. No entanto, a pesquisa acrescenta que se as placas solares forem recicladas e inseridas novamente no mercado, o valor dos equipamentos pode superar US$ 15 bilhões. 

No Complexo Solar Guaimbê, a intenção é expandir as alternativas de reutilização dos equipamentos, conforme detalha Viveiros. "Futuramente, nosso objetivo é ampliar a capacidade de geração de energia da placa, a fim de que os produtores rurais da região possam utilizar no sistema de manejo do pasto. É importante destacar que a tecnologia atende todos os requisitos de saúde e segurança, além de proporcionar uma significativa contribuição para a conservação da biodiversidade local", conclui.


Fonte: Assessoria de Imprensa - AES Tietê  

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