O Livro do Destino

O Livro do Destino

A história do 'desgraçado' que teve o seu destino nas mãos

A história do 'desgraçado' que teve o seu destino nas mãos

Publicada há 4 anos

Por Clarius

MINUTINHO

Conselho de um espírito amigo

Adaptação de texto de “Um espírito amigo”

“Tão rápido essa vida vai passar, a minha passou num piscar de olhos, por isso:

Não brigue com as pessoas, não critique tanto seu corpo. 

Seja justo para que Deus te abençoe...

Não reclame tanto, você tem muito mais que muitos terão.

Não deixe de beijar seu amor, você não sabe quando será o último beijo de amor nessa atual existência...

Bens e patrimônios devem ser conquistados por cada um, não se dedique a acumular herança, tudo que vem fácil é perdido fácil.

Deixe os cachorros mais por perto, eles são gotas do amor de Deus...

Use os talheres e copos novos e não economize seu perfume preferido, use-o para passear com você mesmo.

Gaste seu melhor sapato, repita suas melhores roupas, quando morrer nem tua roupa do caixão você escolherá... 

Se não é errado, por que não ser agora? Escute o coração, ele é a voz de Deus. Por que não dar uma fugida? Por que não orar agora ao invés de esperar para orar antes de dormir? 

E não faça rezas ensaiadas pela boca, faça orações de amor, converse com Deus ao invés de apenas repetir palavras. 

Não transforme sua relação com Deus num ritual frio... 

Por que não ligar agora?

Por que não perdoar agora?

Espera-se muito o Natal, a sexta-feira, o outro ano, quando tiver dinheiro, quando o amor chegar, quando tudo for perfeito…

Olha, não existe o tudo perfeito.

O ser humano não consegue atingir isso porque simplesmente não foi feito para se completar aqui.

Aqui é uma oportunidade de aprendizado, apenas uma sala de aula das milhares que ainda terá que passar.

Então, aproveite este ensaio de vida eterna e faça cada segundo valer a pena! 

O universo te espera, mas o impulso para alcançares as estrelas será feito aqui…

Ame mais, perdoe mais, abrace mais, viva mais intensamente. 

Seja luz e a luz sempre estará contigo!’’


CRÔNICA

O Livro do Destino

Por Autoria desconhecida

O escritor Malba Tahan, hábil contador de lendas e contos orientais, narra em uma de suas valorosas obras a história do livro do destino.

Diz ele que, certa vez, quando um mercador voltava de Bagdad, onde fora vender peles e tapetes, encontrou um homem muito mal vestido que, gesticulando e praguejando sem cessar, chamou-lhe a atenção.

- Eu já fui poderoso! Já tive o destino nas mãos. – Esbravejava ele.

- É um pobre coitado! – falavam uns. - Não regula bem do miolo! – afirmavam outros.

Sentindo irresistível atração pela história do desconhecido de turbante esfarrapado, aproximou-se dele e, depois de tranquila conversação, ele lhe confidenciou:

- Eu já tive nas mãos o destino da Humanidade inteira. Afinal, a vida de todos nós está escrita no grande livro do destino. Cada homem tem lá sua página com tudo o que de bom ou de mau vai lhe acontecer. Um dia, quando me encontrava vagando pelo deserto, encontrei uma gruta encantada, em cuja entrada havia um ser bondoso de sentinela. Deixou-me entrar, avisando-me, porém, que só poderia permanecer na gruta por poucos minutos. Dentro encontrei o tal livro do destino. Era minha intenção alterar o que estava escrito na página de minha vida e fazer de mim um homem rico e feliz. Bastava acrescentar: “Será um homem feliz, estimado por todos. Terá saúde e muito dinheiro”. Havia tempo de sobra para fazer isso.

Continuando, o “desgraçado” acrescentou:

- Infelizmente me lembrei antes, porém, de meus inimigos. Movido por torpes sentimentos de ódio e de vingança, procurei a página referente a um rival meu e, num ímpeto de rancor, sem hesitar, acrescentei: “Morrerá pobre, sofrendo os maiores tormentos”. Na página de outro inimigo escrevi: “Perderá todos os seus haveres. Perderá seus amores e morrerá de fome e de sede no deserto”. E, assim, sem piedade, fui prejudicando deliberadamente todos os meus desafetos.

Nesse momento, o mercador, que ouvia a história, não resistiu e interrompeu a narrativa.

- E na sua vida? O que você fez na página que o destino dedicara à sua própria existência?

- Ah, meu amigo, respondeu ele - torcendo as mãos nervosamente -. Nada fiz em meu favor. Preocupado em fazer o mal aos outros, esqueci-me de fazer o bem a mim próprio. Semeei infortúnio e dor e, por justa consequência, não colhi a menor parcela de felicidade. Quando me lembrei de mim, quando pensei em tornar feliz a minha vida, estava terminado meu tempo. Sem que eu esperasse, o sentinela me arrastou para longe da gruta, onde jamais consegui retornar porque nunca mais reencontrei o caminho. Perdi a única oportunidade que tive de ser rico, estimado e feliz.

culos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta. Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

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