HONRARIA

Anel Viário de São José do Rio Preto é batizado em homenagem ao jornalista e empresário J. Hawilla

Anel Viário de São José do Rio Preto é batizado em homenagem ao jornalista e empresário J. Hawilla

Complexo de ruas e avenidas terá 35 quilômetros de extensão

Complexo de ruas e avenidas terá 35 quilômetros de extensão

Publicada há 4 anos

Complexo viário foi batizado em homenagem ao jornalista e empresário J. Hawilla, que morreu em 2018 — Foto: Reprodução/TV TEM


Da Redação

Com mais da metade das obras concluídas, o Anel Viário de São José do Rio Preto (SP) tem melhorado o trânsito em alguns pontos da cidade.

Alguns trechos já estão liberados aos motoristas, desafogando o trânsito nos horários de pico. Quando estiver pronto, o Anel Viário vai permitir que motoristas tenham acesso aos bairros da cidade sem precisar passar pela região central do município.

A obra foi dividida em quatro etapas: a primeira foi concluída em outubro, a segunda em novembro de 2019 e a terceira está em fase de execução. A quarta etapa está na fase de licitação.

De acordo com a Prefeitura de Rio Preto, a construção custará R$ 30 milhões e irá beneficiar mais de 1,5 milhão de pessoas da região.

“A população poderá usufruir desse sistema viário, que é comparado com grandes cidades de primeiro mundo”, diz Israel Cestari, Secretário de Planejamento de Rio Preto.

O complexo de ruas e avenidas, que terá 35 quilômetros de extensão, foi batizado em homenagem ao jornalista e empresário J. Hawilla, fundador da TV TEM, que morreu em maio de 2018.

J. Hawilla começou a carreira de jornalista no rádio, como repórter de campo na década de 60, mas também foi empresário de sucesso.

Em São José do Rio Preto, sua cidade natal, construiu empreendimentos como o complexo Georgina Business Park e os condomínios Quinta do Golfe.

O empresário também fundou a TV TEM, afiliada da Rede Globo em Sorocaba, Rio Preto, Bauru e Itapetininga (SP).

J. Hawilla foi preso pelo FBI, a Polícia Federal Americana, no dia 9 de maio de 2013, acusado de obstrução de Justiça. No dia seguinte, o empresário fez um acordo de colaboração com as autoridades americanas. Em troca de não ser processado por diversos outros crimes, Hawilla entregou uma grande quantidade de documentos e topou grampear vários de seus interlocutores: dirigentes de futebol, sócios, concorrentes.

A colaboração de Hawilla foi decisiva para o desenvolvimento do "Caso Fifa", maior investigação sobre corrupção no futebol mundial, que tem mais de 40 réus, entre eles os três últimos presidentes da CBF – Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero – e os três últimos presidentes da Conmebol, Nicolas Leoz, Eugenio Figueredo e Juan Angel Napout.

Além de colaborar com as autoridades americanas. Hawilla aceitou pagar uma multa de US$ 151 milhões – até sua morte, o empresário já havia devolvido US$ 25 milhões. Sua sentença seria dada em 2 de outubro no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York. Em dezembro do ano passado, Hawilla depôs no tribunal usando um cilindro de oxigênio e detalhou como pagava subornos para dirigentes de futebol desde 1991.

Atualmente 22 quilômetros da obra já estão prontos. O restante deve ser entregue em 2021.



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