NA JUSTIÇA

STJ anula parte das interceptações telefônicas contra reitor da Universidade Brasil

STJ anula parte das interceptações telefônicas contra reitor da Universidade Brasil

Decisão foi concedida na 6ª Turma do Tribunal

Decisão foi concedida na 6ª Turma do Tribunal

Publicada há 4 anos

Gustavo Jesus

A 6ª Turma do STJ concedeu habeas corpus para o dono e ex-reitor da Universidade Brasil, José Fernando Pinto da Costa, e anulou parte das interceptações telefônicas que deram origem à Operação Asclépio, deflagrada no ano passado em Assis.

No início das investigações, foi autorizada a quebra de sigilo telefônico de cinco estudantes aspirantes ao curso de medicina. A decisão foi prorrogada por mais 15 dias no mesmo despacho. Posteriormente, foram atendidas sucessivas representações para estender a interceptação a outros investigados — dentre eles o ex-reitor.

De acordo com o relator do recurso, Ministro Nefi Cordeiro, a interceptação telefônica prorrogada no mesmo ofício da original é nula. 

O magistrado também reconheceu que as decisões autorizadoras das interceptações telefônicas que deram origem à operação não estavam devidamente fundamentadas — além de fixarem prazo para as medidas superior aos 15 dias previstos em lei.

"O reconhecimento da nulidade das decisões e das provas derivadas representa uma importante vitória em um caso que, desde o início, foi pautado pelo descumprimento de leis e garantias do acusado", afirmaram os advogados de defesa Pierpaolo Cruz Bottini, Aldo Romani Netto e Bruno Lescher Facciolla.

O caso em questão trata de agentes que negociariam vagas em curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis e da Universidade Brasil.


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