PRÉ-DATADO

Démodé: cheque cai em desuso em estabelecimentos comerciais

Démodé: cheque cai em desuso em estabelecimentos comerciais

“Hoje a realidade é o cartão de crédito ou à vista”, diz empresário; comerciantes alegam que o motivo vem de alguns prejuízos

“Hoje a realidade é o cartão de crédito ou à vista”, diz empresário; comerciantes alegam que o motivo vem de alguns prejuízos

Publicada há 7 anos


A falta de praticidade e a preferência pelo pagamento à vista são alguns dos motivos que fizeram o cheque cair em desuso



Por Breno Guarnieri


Com a popularização do cartão de crédito, o cheque perdeu muitos adeptos no país e também em Fernandópolis. A quantidade de talonários utilizados no Brasil caiu quase 80% nos últimos 20 anos, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febrabran).


Em desuso por várias pessoas, a “moeda” de troca pode até ser vista hoje como um socorro, já que quando pré-datado ajuda tantos os consumidores, cada vez mais com menos poder de compra, e os comerciantes que acabam atraindo a clientela. Segundo apurou a Reportagem de “O Extra.net”, em alguns estabelecimentos comerciais fernandopolenses o cheque é pouco utilizado por parte dos clientes, principalmente porque algumas lojas já não o aceitam.


Empresários alegam que o motivo vem de alguns prejuízos registrados com essa forma de pagamento e também em razão da preferência pelo cartão de crédito na hora de parcelar devido à maior segurança, à falta de praticidade e aàpreferência pelo pagamento à vista.


Com vários cheques devolvidos, o empresário do ramo alimentício, em Fernandópolis, Paulo Sérgio reforçou que, atualmente, a realidade é o cartão de crédito ou o pagamento à vista, “pois é questão de segurança para o consumidor e para o proprietário”.


NO PRÓPRIO CANHOTO


Resistindo às formas de controle de gastos mais modernas, como aplicativos no celular, os consumidores que ainda utilizam cheque pré-datado têm como principal mecanismo a anotações em cadernos e agendas. “Eu ainda tenho o costume de anotar o valor pago no próprio canhoto e também faço os registros em algumas planilhas no computador”, acrescentou o professor Manoel Duarte Júnior, de 58 anos.


Para o economista Paulo Almeida, ainda que o uso do cheque como forma de pagamento não seja muito usual, ele deve entrar na lista de prioridades de controle de gastos, já que é uma modalidade que permite o parcelamento de compras. “O fato do consumidor poder dividir o valor de algum produto em várias vezes já implica em um maior controle dos gastos para que ele não perca o controle do total de parcelas que tem acumuladas e desorganize suas finanças pessoais, iniciando uma bola de neve de dívidas”, explicou.


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