LUTO

Morre paciente vítima de poliomielite que vivia há 51 anos em hospital de SP

Morre paciente vítima de poliomielite que vivia há 51 anos em hospital de SP

Paulo Henrique Machado morava no Hospital das Clínicas da USP desde 1969, quando precisou ser internado por causa da doença

Paulo Henrique Machado morava no Hospital das Clínicas da USP desde 1969, quando precisou ser internado por causa da doença

Publicada há 4 anos

Paulo Henrique Machado, paciente que morou por 51 anos no HC devido a sequelas da poliomielite, morreu nesta quarta - Foto: Reprodução/TV Globo

Da Redação/G1

Morreu nesta quarta-feira, 18, Paulo Henrique Machado, paciente que morou por 51 anos no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), no Centro da capital paulista.

Ele residia na unidade médica desde 1969, quando contraiu poliomielite durante a infância e precisou ser internado em razão das sequelas causadas pela doença.

Paulo Henrique Machado tinha 53 anos. A causa da morte não foi divulgada pelo hospital.

Mesmo com as limitações por conta da doença, seu bom humor e vontade de viver eram contagiantes. Paulo se tornou motivação para outras pessoas e chamou a atenção da imprensa, que fez diversas reportagens com ele. Apaixonado por games e desenhos animados, o paciente chegou a ter redes sociais para se comunicar com o público. Ele também concluiu o ensino médio no hospital.

A poliomielite é uma doença transmitida por um vírus, que pode causar paralisia do corpo e até afetar a respiração. Devido a essas complicações, Paulo recebia apoio da equipe do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC.

Nascido em 1967, sua mãe morreu durante o parto. Ele vivia ligado a um respirador artificial desde um ano de idade. Mesmo com o sistema respiratório paralisado por causa da poliomielite, ele tinha os movimentos dos braços.

Paulo chegou a criar uma animação 3D onde retratava a rotina de um personagem criança com deficiência e seus amigos.

Em 2009, um dos diretores do desenho "A Era do Gelo" visitou Paulo, fã da animação, no hospital.


Fonte: g1.globo.com

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