A Caixinha de Natal!

A Caixinha de Natal!

Em tempos difíceis, o que a filhinha guardou na caixinha de presente para o pai

Em tempos difíceis, o que a filhinha guardou na caixinha de presente para o pai

Publicada há 3 anos

MINUTINHO

Afinal, onde nasceu Jesus?

Por: Vinicius

Perguntemos à Maria Madalena onde e quando nasceu Jesus e ela nos responderá: Jesus nasceu em Betânia... Foi certa vez que sua voz tão cheia de amor e bondade despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então eu nunca imaginei...

Perguntemos a Francisco de Assis, o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus e ele nos responderá: Ele nasceu no dia em que na Praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até o meu nome para segui-lo pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável do amor...

Perguntemos a Pedro: Quando se deu o nascimento de Jesus e ele responderá: Jesus nasceu no pátio do Palácio de Caifás, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado... Foi nesse instante que acordou a minha consciência para a verdadeira vida...

Perguntemos a Paulo de Tarso quando se deu o nascimento de Jesus e ele responderá: Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando envolvido por uma intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” e na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse: “Senhor, que queres que eu faça?”

Perguntemos à Joana de Cusa: Onde e quando nasceu Jesus? E ela nos responderá: Jesus nasceu no dia em que amarrada ao poste do circo de Roma ouviu o povo gritar: “Negue, negue”... E o soldado com a tocha acesa dizendo: “Este teu Cristo lhe ensinou apenas a morrer?”... Foi nesse instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, com toda a certeza e sinceridade dizer: “Não, não me ensinou só isso... Jesus ensinou-me também a amá-lo”...

Perguntemos a Tomé: Onde e quando nasceu Jesus? E ele nos responderá: Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado a testemunhar que a morte não tinha o poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido das palavras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Perguntemos a João Batista onde e quando nasceu Jesus... E ele nos responderá: Jesus nasceu no instante em que chegando ao Rio Jordão pediu-me que o batizasse e ante a meiguice do seu olhar e a majestade de sua figura eu pude ouvir a mensagem do Alto: “Esse é o meu filho muito amado no qual eu coloquei a minha complacência”... Compreendi então que chegara o momento dele crescer e eu diminuir para a glória de Deus Pai...

Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus e ele nos responderá: Jesus nasceu em Betânia na tarde em que me visitou o túmulo e disse: “Lázaro, levanta”... Nesse momento compreendi finalmente quem ele era: A ressurreição e a vida...

Perguntemos a Judas onde e quando nasceu Jesus? E ele nos responderá: Jesus nasceu no instante em que eu assistia o seu julgamento e a sua condenação e compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos...

Perguntemos finalmente à Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus... E ela nos responderá: Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas que eram focos de luzes guiando os pastores e as suas ovelhas ao berço de palha... Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez e senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele menino que Deus enviara ao Mundo para ensinar aos homens a lei maior, a lei do amor!

Podemos perguntar a cada um de nós: Quando e onde foi que Jesus nasceu? Foi naquele momento de grande dor? Que nos sentimos tão sozinhos e ao mesmo tempo tão amparados? 

CRÔNICA

A Caixinha de Natal

Por: Autoria desconhecida

Os tempos estavam difíceis. A crise financeira abatera sobre a família. O pai, desempregado há tempos. A mãe, deprimida e adoentada, mal deixava o leito. O sustento, com muitas carências, provia do trabalho extenuante de dois dos filhos. Era época de Natal e alegria da casa resumia-se às travessuras da pequenina de apenas três anos. Porém, tamanha era as dificuldades que tudo era motivo para contratempos, até mesmo usar um simples pedaço de papel dourado para presentes, foi motivo para o pai castigar a pequena. Ela havia embrulhado uma caixinha com o papel de presente e planejado entregar para seu querido pai. 

Nem árvore de Natal havia naquela casa.

Mas, apesar do castigo, na manhã seguinte, bem cedinho, a menininha levou o presente ao seu pai que ainda estava na cama e disse:

- Isto é para você, paizinho!

Ele sentiu-se envergonhado e arrependido pela sua furiosa reação. Quanto arrependimento brotou em seu coração ao ver a injustiça de seu castigo provocou. Porém logo voltou a explodir quando viu que a caixa, apesar de embrulhada, estava vazia, gritou, dizendo:

- Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa? E em ato contínuo jogo a caixinha para longe.

A pequena menina olhou para cima, com lágrimas brotando nos olhos, e disse:

- Oh, paizinho, não está vazia. Eu soprei todos os meus beijos dentro da caixinha. Todos para você...

O pai quase morreu de vergonha, abraçou a pequena chorando e suplicou que ela o perdoasse.

Conta a lenda que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama pelo resto de sua vida e teria desencarnado com ela aos braços. Durante toda a vida, sempre que se sentia triste, chateado ou deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.

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