PIB INDUSTRIAL

Economista traça planejamento estratégico com foco no desenvolvimento

Economista traça planejamento estratégico com foco no desenvolvimento

Nas próximas edições, “O Extra.net” trará uma série de reportagens mostrando todos os detalhes do plano de geração de emprego e renda apresentado pelo economista fernandopolense Jair de Mo

Nas próximas edições, “O Extra.net” trará uma série de reportagens mostrando todos os detalhes do plano de geração de emprego e renda apresentado pelo economista fernandopolense Jair de Mo

Publicada há 7 anos


Jair de Moraes, economista que traçou um verdadeiro “mapa do desenvolvimento” para Fernandópolis



Por João Leonel


O economista Jair Carlos Pires de Moraes, mestre em economia industrial e sócio da empresa JD Moraes Gerenciamento, concedeu uma entrevista na Redação de “O Extra.net”, nesta sexta-feira (07), quando iniciou sua explanação sobre um estudo que elaborou para o desenvolvimento econômico e industrial de Fernandópolis. “Vejo um grande desafio para nossa cidade atingir um nível considerável de crescimento: dobrar nosso PIB Industrial, saltando do índice atual de 16% para 34%, no período de 2017 a 2020”, explica. É um plano de geração de emprego e renda “a longo prazo, para os próximos 4 anos”, reforça. O PIB de Fernandópolis, em 2016, atingiu a marca de R$ 1,5 bilhão, sendo que o PIB Industrial do município é de apenas R$ 244 milhões. A grande meta é reverter o “desempenho caótico” do PIB das indústrias, elevando sua participação de maneira expressiva. Para tanto, atrair investidores é essencial. “Mas com um novo método, mais agressivo diria. Manter um forte relacionamento, concretizando um acordo com as ‘Big Five Consultorias’ mais poderosas do mundo - PWC, Accenture, Ernest Young, Deloitte e KPMG -, as quais têm escritórios em São Paulo, em Brasília, objetivando oferecer ‘acolhidas empresariais’ àquelas empresas estrangeiras que têm interesse em se instalar no Brasil. Essas multinacionais procuram contratar, antes de tudo, estudos a essas consultorias sobre os mercados e os locais que apresentam boa relação de custos x benefícios, é aí que precisamos estar expostos e cadastrados no show room dessas consultorias. Quanto às indústrias nacionais, a Prefeitura precisa criar um sistema para divulgar a marca ‘Fernandópolis’ aos grandes centros industriais, mais próximos daqui, com o novo projeto de ‘captação empresarial’. Temos que deixar o conformismo para trás e trabalhar duro, mantendo, constantemente, um escritório virtual, efetuando rodadas de apresentação da nossa cidade, visando identificar e buscar, continuamente, investidores interessados em mudar seus negócios para Fernandópolis”, diz. Citando exemplos vindos de pequenos agricultores, como as Associações de Mulheres Produtoras de Salgadinhos, do Córrego do Coqueiro, Jair aposta na implantação de fábricas de doces rurais, farinheiras e queijarias, assim como de hortas de produtos orgânicos. Em sua visão, a implantação de um APL - Arranjo Produtivo Local, é de suma importância. “Temos que coordenar e incentivar um APL de alimentos, a partir de mercadorias produzidas nas diversas propriedades rurais locais, visando a comercialização no mercado e a participação em licitações da Prefeitura”. E para atingir um pleno desenvolvimento, englobando todos os setores da sociedade, o economista apresenta também um fator determinante na área social. “A criação de um programa de inclusão, tipo ‘jovens talentos empreendedores da periferia’, voltado ao segmento de TI, mediante eventos a serem realizados em escolas públicas, centros sociais e similares, visando descobrir ideias inovadoras de negócios no segmento da Tecnologia da Informação. Seria um programa através de convênio com o Google Campus, com a Incubatec, por exemplo, para ter apoio de investidores e bancar eventuais projetos de Start-Ups”, acrescenta. Este, de acordo com Jair de Moraes, é o “novo jeito” da Prefeitura de Fernandópolis contribuir com o desenvolvimento de sua economia, que será detalhado nas próximas entrevistas e reportagens deste “O Extra.net”, quando serão abordados outros assuntos, também relacionados à área econômica e financeira, como Santa Casa, Incubadora de Empresas, Parques Industriais e até mesmo ZPE. “É fundamental incentivarmos a criação de um ‘condomínio industrial’ alternativo à ZPE, voltado à industrialização de grãos, carne e minérios, que são transportados pelos comboios da ALL e logo, logo pela Ferrovia Norte-Sul, que chegará até aqui. Não podemos nos limitar a assistir às carretas e aos trens que passam diariamente por Fernandópolis, carregados de matérias primas nobres, sem aproveitar essa oportunidade de industrialização de tais insumos”, conclui Jair.



Planilha de estatística comparativa dos índices de industrialização de algumas cidades do Noroeste Paulista, incluindo municípios pesquisados da nossa região: Fernandópolis aparece apenas na 12ª colocação neste ranking, liderado por Ouroeste, devido aos royalties da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, hoje operada pelo Grupo AES Tietê



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