DE PAI PRA FILH

Superproteção dos pais pode prejudicar o filho na vida adulta

Superproteção dos pais pode prejudicar o filho na vida adulta

Para os pais, os filhos nunca crescem, são eternas crianças

Para os pais, os filhos nunca crescem, são eternas crianças

Publicada há 7 anos


Adriele Alarcon Sampaio com e o pequeno Vinícius A. Sampaio Reis





Maira Folconi com sua princesa Maria Julia



Por Marcela Barbar


O recém-nascido nasce sem conhecer nada sobre o mundo. Os pais são sua referência, e, principalmente, aqueles que conforme o seu crescimento, vão mostrar tudo para seus filhos.

O bebê, por sua vez, é muito dependente e por esse motivo a proteção nessa fase é fundamental, mas, alguns pais protegem tanto que chegam a ficar de plantão ao lado do filho e é aí que está o problema.

Para os pais, pode parecer difícil deixar a criança ir se descobrindo sozinha de acordo com o seu crescimento, mas, é fundamental porque o hábito de ficar muito em cima pode atrapalhar no crescimento, relacionamento com outras crianças e até mesmo com adultos. Isso acaba acarretando na perda de personalidade e na dificuldade em enfrentar certas situações. É função dos pais proteger, mas, não de modo exagerado. É necessário saber dosar e equilibrar os cuidados.

Não deixar a criança que está na fase de engatinhar ir ao chão porque está sujo é bem diferente de deixar em algum lugar que está limpo. A sujeira pode transmitir doenças e os pais realmente não devem deixar, porém, se estiver limpo não existe problema algum. O ato de engatinhar é o primeiro modo de locomoção por conta própria e os pais não devem privar o bebê disso. Aquele “preguiçoso” para falar, também pode ser uma das consequências da superproteção.

Mudanças são sempre difíceis e se os pais fizerem de tudo por ela, se torna mais fácil não precisando enfrentar as dificuldades como falar errado e não ser entendido, cair ao tentar andar.

À medida que os anos vão passando, a criança vai crescendo e começa a sentir necessidade de se virar sozinha e, nessa fase é normal cair e se machucar, mas, também a recuperação é bem rápida por serem jovens bem nutridos e cheios de energia. Seu filho precisa fazer um pouco de bagunça que até os pais já fizeram quando tinham a idade de seus filhos como correr, pular, se pendurar nas coisas, subir em árvores. Isso é saudável e faz parte do crescimento.

As crianças de hoje em dia, não são mais como as de antes, atualmente elas gostam mais de tecnologia preferindo jogar vídeo game, ficar no computador, mexer no celular e isso não é saudável podendo acarretar no sono que acaba ficando comprometido e em doenças futuras como muita dor de cabeça e tendinite, como muita dor de cabeça e tendinite. O fato de ficar muito vidrado em objetos eletrônicos acaba se transformando em um vício quando na verdade o melhor a se fazer nesta idade é brincar, por isso os pais devem ficar atentos no comportamento dos filhos.

Adriele Alarcon Sampaio, que tem um filho de três anos e cinco meses, se considera uma mãe superprotetora até demais e acaba sofrendo por antecipação, porém acredita que tudo passa com o tempo. “Antes do Vinícius nascer eu achei que não iria deixar ninguém pegar ele no colo e que nunca mais ia viajar a trabalho, tinha medo até de deixá-lo ir para escolinha, mas com o passar do tempo vi que não há nada melhor quanto conseguir fazer as coisas sozinho e ver sua evolução”, disse ela. Adriele acredita que tem que fazer é passar uma fase de cada vez. “A amamentação é uma fase maravilhosa, ninguém te atrapalha, é um momento seu e do seu filho, uma ligação tão forte e única. Depois você volta a trabalhar e começa a lidar com a distância e percebe que aquilo é bom para vocês, e melhor ainda para a criança que vai saindo da sua aba e fazendo algumas coisas sozinhas, porque tem birras e manhas que eles só fazem com a mãe. Depois começam a andar e ficam mais independentes ainda, e quando saem das fraldas se acham mocinhos”, contou.

Para os pais, os filhos nunca crescem e são eternos ingênuos, e o medo de que venham sofrer qualquer violência faz com que o monitoramento de suas vidas seja demasiado. Os erros fazem parte da vida, e como diz o ditado popular ‘é errando que se aprende’.

Maira Folconi, mãe de uma menina de três anos e sete meses, não acha que pode afetar o futuro de sua filha por ser uma mãe superprotetora, pois ela mostra para a menina como lidar com as pessoas, ser humilde sempre e ter respeito ao próximo. “Eu tento ser sempre o mais sincera possível, agradeço a Deus todos os dias por ter me presenteado com ela e também por me dar força para criá-la sozinha, pois não é fácil. Minha família sempre me ajudou e me apoiou em tudo o que eu preciso, não só por mim, mas pela minha filha também”, expressou.

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