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Saques da Poupança têm a décima redução consecutiva no País

Saques da Poupança têm a décima redução consecutiva no País

Segundo Anefac, retração da economia e investimentos em outros fundos explicam a queda neste tipo de serviço

Segundo Anefac, retração da economia e investimentos em outros fundos explicam a queda neste tipo de serviço

Publicada há 7 anos

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População brasileira deposita cada vez menos em cadernetas de poupança



Da Redação


O Banco Central anunciou, nesta semana, que os resultados da caderneta de poupança referente a outubro de 2016 apresentam nova redução no volume dos depósitos pelo décimo mês consecutivo. Isso quer dizer que todos os meses deste ano foram negativos - as retiradas foram maiores do que a captação (depósitos).

O volume total de 2016 apresenta uma retirada líquida de R$ 53,2 bilhões, fazendo com que o saldo final atual tenha atingido, em outubro, um volume total de R$ 644,3 bilhões.


Miguel Oliveira, diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), explica que tal fato pode ser atribuído a dois fatores.


“Com a elevação da taxa básica de juros, a rentabilidade das aplicações financeiras em títulos públicos como fundo de renda fixa, CDB’s, tesouro direto, etc, aumentou em detrimento a uma menor rentabilidade da poupança. Com isso, os investidores têm retirado suas aplicações da caderneta de poupança migrando estes investimentos para este tipo de investimento que apresentam uma rentabilidade superior”, pontua, em um primeiro momento.


Em seguida, de acordo com Oliveira, “a retração de nossa economia somada à inflação elevada, juros elevados, aumento de encargos e impostos reduz a renda das famílias dificultando seu orçamento. Agregado a isto o crescimento nos índices de desemprego acabam acarretando dois fatores: menos recursos sobram mensalmente das famílias para pouparem; e famílias são obrigadas a resgatarem investimentos de forma a complementarem renda e conseguirem pagar compromissos”.


Tendência

Para Oliveira, como o quadro deve permanecer durante 2016 (inflação e juros elevados, queda de renda, desemprego e redução na rentabilidade da poupança frente aos fundos de investimento) “a tendência é de que este movimento de redução no volume dos depósitos da poupança se acentue e seja ainda mais grave em um ambiente econômico recessivo com a elevação nos índices de desemprego e de inadimplência”.

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