MINUTINHO
Uma carta materna
Por: Meimei
Meu filho, se procuras a bênção da felicidade, não te esqueças de que o Reino do Céu começa em nosso próprio coração e de que o primeiro lugar onde devemos trabalhar por ele é na própria casa onde vivemos.
A alegria verdadeira nem sempre é daqueles que dominam, mas nunca se aparta das almas generosas que aprendem a espalhar o bem.
Se queres que a tranquilidade te acompanhe, busca ser útil.
Por que foges de teu pai, quando, cansado e abatido, mostra uma fisionomia preocupada? Por que te afastas da mãezinha, quando observas o orvalho das lágrimas em seus olhos?
Aproxima-te deles e faze-lhes sentir que tens um coração compreensivo e amoroso.
Um fio d’água transforma o deserto em oásis.
Um gesto de carinho opera milagres.
Quanta gente espera construir o Reino de Deus, acendendo fogueiras de entusiasmo na praça pública e esquecendo no frio da indiferença aqueles que o Céu lhes confiou!
Guarde a paz contigo, a fim de que a possas distribuir.
Entre as paredes do lar, Deus situou a nossa primeira escola.
Se não sabemos exercer a tolerância e a bondade com cinco ou dez pessoas, que esperam, pelo nosso entendimento e pelo nosso auxílio, debalde ensinaremos o caminho do bem-estar para os outros.
O primeiro degrau do Paraíso chama-se Gentileza.
Aprende a ajudar para que outros te ajudem e, onde estiveres, serás sempre um valoroso operário na edificação do Reino Divino.
CRÔNICA
O outro lado da vida
Por: Hugo Lapa
Um discípulo procurou o seu mestre e perguntou:
- Mestre, como posso saber se existe mesmo vida após a morte?
O Mestre olhou para ele e respondeu:
- Encontre-me novamente após o sol se pôr.
O discípulo, meio contrariado, esperou algumas horas, ansioso pela resposta. Logo que o sol se pôs, ele voltou à presença do mestre. Assim que apareceu apareceu o mestre afirmou:
- Você percebeu o que houve? O sol morreu…
O discípulo ficou sem entender nada. Julgou que se tratava de uma brincadeira do mestre.
- Como assim mestre? Perguntou o discípulo. O sol não morreu, ele apenas se pôs no horizonte.
O mestre disse:
- Exatamente. O mesmo ocorre com todos nós após a morte. Se confiássemos apenas em nossa visão física, nos pareceria que o sol deixou de existir atrás da montanha. Mas no instante em que ele “morreu” no horizonte para nós, ele nasceu do outro lado do mundo, e se tornou visível para outras pessoas. O mesmo princípio rege a nossa alma. Após a morte do corpo, ela parece desaparecer aos nossos olhos, mas nasce no plano espiritual. A chama do espírito não se apaga, ela apenas passa a brilhar no outro lado da vida.