Lívio Vono

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Por Lívio Vono - Comentarista Esportivo

Por Lívio Vono - Comentarista Esportivo

Publicada há 8 anos

01 – Olá, um grande abraço aos amigos desta coluna. Hoje ela será diferente, muito diferente. Confesso que não é fácil sentar-se para escrevê-lá. Não é fácil. Por mais que nossos 43 anos de mídia possam valer alguma coisa, não é fácil. Confesso que pensei muito. Mas temos um compromisso com nossos leitores, assinantes e quem não é.


02 – O fatídico acidente aéreo ocorrido com a delegação da Chapecoense, convidados e nossos colegas da imprensa impactou demais. Em plena madrugada de terça-feira com, ainda, torcedores do Verdão Paulista comemorando o título inédito, eis que chega a notícia que o Verdão do Oeste Catarinense havia dissipado nas montanhas da Colômbia.


03 – Como isso pode ter acontecido? Aconteceu. Um clube que se fez com as próprias pernas, desculpem o paradoxo, acaba assim do nada. Esta que seria uma semana de muitas comemorações para os torcedores do Verdão Paulista acaba sendo uma semana de muita tristeza. Para amenizar a dor não só dos brasileiros, de todas as torcidas do mundo, poderia se dizer: são as coisas da vida. Não é bem assim.


04 – Tudo isso poderia não ter acontecido? Sim. Agora estamos sabendo porque tudo aconteceu. Falha humana. Não, irresponsabilidade humana que ceifou 71 vidas. Tivesse o comandante da aeronave a responsabilidade devida isso jamais teria acontecido. Agora estamos sabendo (esta coluna foi escrita quinta-feira à tarde) qual foi o motivo do acidente: pane seca, ou seja, falta de combustível.


05 – Como isso pode acontecer em pleno século XXI? Quando trata-se da participação de seres humanos, principalmente os irresponsáveis, tudo pode acontecer. De nada adianta dizer que o avião era seguro e coisa e tal se sabemos agora que quem pilotava era seu dono e para economizar combustível na viagem não havia colocado aquele tanto a mais para possíveis consequências que poderiam vir. Agora não adianta chorar....mas choramos sim. É uma dor sem fim.


06 – As homenagens que aconteceram até aqui e aquelas que ainda virão são importantes, muito importantes, mas não trarão os mortos de volta e nem vai tirar a dor de seus amigos, colegas de trabalho e parentes. Estamos chegando próximo das festas natalinas. Muito bem. Quando dos filhos, principalmente as crianças daqueles que se foram perguntarem dos pais o que as mães e familiares dirão? Isso é para se pensar e muito. Não será fácil.


07 – Nós que temos a obrigação de acompanhar todos os fatos grandes e pequenos que acontecem no mundo da bola as vezes ficamos nos questionando: Por que o atacante Ananias, que morreu, não errou o chute naquele lance do gol de empate contra o San Lorenzo lá na Argentina e que veio a dar a classificação no zero a zero na Arena Condá para a Chapecoense? Tinha que ter errado. Mas infelizmente não errou.


08 – Por que o goleiro Danilo pegou quatro pênaltis em decisão contra o Independiente da Argentina? Ora, poderia ter errado o canto e saído da Sul-Americana. Quantos gols o Ananias, que jogou inclusive no Palmeiras, não errou na carreira? Quantos gols de pênaltis foram marcados no goleiro Danilo em sua carreira como jogador de futebol? Foram muitos para os dois. Mas por obra do destino Ananias tinha que ter marcado aquele gol, e Danilo ter feito a defesa de quatro pênaltis em uma partida, algo inédito.


09 – E mais, por que Danilo, goleiro da Chape, debaixo de muita chuva, não escorregou naquele lance aos 48 minutos do segundo tempo contra o San Lorenzo quando abriu a perna direita e não deixou a bola entrar? A Chape se tivesse perdido aquele jogo não teria viajado para a Colômbia. Mas atacante existe para fazer gols, goleiros para que eles não sejam feitos e avi~]oes são feitos para subir e descer e não para cair.


10 – Deixamos este último bloco para falar não das homenagens que goram e estão sendo feitas mundo afora.  Falemos da hospitalidade de um povo que sofreu por mais de 30 anos com a guerrilha: o povo colombiano. Deram um demonstração de carinho e respeito pelo povo brasileiro. Desde os socorristas, médicos, autoridades, até ao mais simples colombiano. Estes sim devemos chamá-los de Hermanos mesmo por tudo aquilo que fizeram e estão fazendo por nossos irmãos brasileiros. Quando você ver ou se aproximar de um colombiano, seja ele, quem fora, da-lhe um abraço. Ele merece. É Hermano.          


11 – Todo sábado estamos na Mesa Redonda do futebol do Canaldez na telinha da TV Cabo Mix a paritr das 12h. No último sábado estivemos na companhia de Gil Cipriano, nosso PVC, de Admilson Garcia, diretor deste diário e de Juninho, treinador da base do FFC fazendo nosso programa esportivo. Até sábado se Deus quiser. Obs: Vocês, diretores, comissão técnica, jogadores da Chapecoense e nossos colegas da imprensa jamais serão esquecidos. Descansem em paz. Em tempo: Na final do Mundial de clubes, no Japão, serei Atlético Nacional desde criancinha. Para sempre!!!              



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