CRÔNICA: O menino pobre, a garçonete e a taça de sorvete

CRÔNICA: O menino pobre, a garçonete e a taça de sorvete

Um sundae ou um sorvete simples? Mais que uma simples dúvida

Um sundae ou um sorvete simples? Mais que uma simples dúvida

Publicada há 2 anos

MINUTINHO

Tende bom ânimo

Por: Redação do Momento Espírita

Quem de nós está isento de dificuldades, problemas e dores ao longo da vida? Quem consegue atravessar uma existência toda sem momentos de tristeza, processos dolorosos, perdas, angústias ou sofrimentos?

Isso se dá porque as dificuldades e dores, as aflições e tormentos da existência têm uma razão de ser.

Se assim não fosse, Deus, sendo bom e justo, Pai amoroso e ciente de tudo o que nos ocorre, não ofereceria as dores e aflições para o nosso cotidiano. Entendemos que as dificuldades morais ou físicas, presentes em nossas vidas, fazem parte do processo evolutivo em que nos encontramos.

Ciente disso é que Jesus nos alertou, de maneira clara, que no mundo teríamos aflições. Porém, não esqueceu de nos recomendar bom ânimo para que, como Ele, pudéssemos vencer o mundo. Este é o grande desafio da existência aqui na Terra: vencer o mundo.

Naturalmente, se analisarmos a vida apenas como o pequeno espaço que se estende do ventre materno ao túmulo, se tornará difícil entendermos os porquês e razões dos sofrimentos.

Verdade que algumas aflições e dificuldades são próprias de nossas ações impensadas e de nossa imprudência.

Quantos passamos por agruras financeiras apenas por sermos imprevidentes e gastadores contumazes? Quantos somos daqueles que padecemos doenças e males físicos simplesmente pelo descuido do corpo ou pelos excessos que cometemos?

Entretanto, há um grande contingente de dores que a vida nos oferece que não são consequência de ações do hoje, do agora. Dores que não conseguimos explicar. Afinal, como entender a dor imensurável de uma mãe despedindo-se do filho que retorna ao mundo espiritual, deixando imenso vazio em seu coração? Como explicar crianças, em tenra idade, tendo que lutar contra doenças terríveis que lhes minam a saúde, e lhes exigem dolorosos processos de tratamento?

Como Espíritos imortais que somos, sempre retornamos às lides da Terra com lições a serem aprendidas. E, não raras vezes, esse aprendizado se dá sob o signo do sofrimento e da dificuldade. Não se trata de castigo divino, mas da nossa condição de aprendizes renitentes e teimosos.

Como a Lei Divina é de progresso e melhoria, mesmo os mais teimosos, mesmo os que tropeçaram em outras oportunidades, tem sempre novas chances de aprendizado e de burilamento pessoal. Assim, as aflições do mundo são oportunidades de resgate e aprendizado.

O que hoje se nos mostra como imensa dor, a ponto de pensarmos que enlouqueceremos, amanhã veremos que foi momento de amadurecimento, de mudança de valores, de conquistas de virtudes.

Por isso, o conselho de Jesus: tende bom ânimo.

Se hoje a dor nos chega, se estamos sob um maremoto de aflições, armemo-nos de fé, coragem e bom ânimo, entendendo que Jesus será sempre o Bom Pastor, a nos amparar, a fim de que, como Ele, nós também possamos vencer o mundo. 

CRÔNICA

O menino pobre, a garçonete e a taça de sorvete

Por: Autoria desconhecida

Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de dez anos entrou na lanchonete de um hotel e sentou a uma mesa.  

 Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele.

- Quanto custa um sundae? Ele perguntou.

- Cinquenta centavos, respondeu a garçonete.

O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las.

Imagem: Ilustração

- Bem, quanto custa o sorvete simples?, ele perguntou.

A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa e a garçonete, perdendo a paciência, “trinta e cinco centavos”, respondeu ela, de maneira brusca.

O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse:

- Eu vou querer, então, o sorvete simples.

A garçonete trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu.

O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu.

Quando a garçonete voltou, ela começou a chorar na medida em que limpava a mesa. Ali, ao lado do prato, haviam quinze centavos em moedas, ou seja, o pobre menino não pediu o sundae porque queria que sobrasse dinheiro para doar, como gorjeta, à garçonete.

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