PREVISÃO DE QU

BC indica que juros podem cair em janeiro

BC indica que juros podem cair em janeiro

Na prática, em meio ao desemprego e à recessão, as empresas teriam dificuldades para reajustar preços, o que abre espaço para juros menores

Na prática, em meio ao desemprego e à recessão, as empresas teriam dificuldades para reajustar preços, o que abre espaço para juros menores

Publicada há 7 anos


O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn



Da Redação


Após reduzir a Selic (a taxa básica de juros) em apenas 0,25 ponto porcentual na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou que o ritmo de cortes deve acelerar em janeiro. A ata do encontro do colegiado, divulgada nesta terça-feira (06), minimizou as preocupações com o exterior e informou que, em função da crise econômica, alguns diretores do BC já viam espaço para reduzir a Selic em 0,50 ponto.


A ata, assim como o comunicado divulgado após o Copom ter cortado os juros de 14% para 13,75% ao ano, defende que cortes de meio ponto vão depender das projeções de inflação e da evolução de alguns “fatores de risco”: fim do ambiente favorável no exterior para os países emergentes, pausa na queda da inflação dos serviços no Brasil e andamento dos ajustes fiscais.


Ao mesmo tempo, o BC reconheceu que o ritmo de queda da inflação pode se intensificar, caso a recuperação da economia demore ainda mais. Na prática, em meio ao desemprego e à recessão, as empresas teriam dificuldades para reajustar preços, o que abre espaço para juros menores. Só que a instituição diz, ao mesmo tempo, que a queda maior da inflação depende de “ambiente externo adequado”.

Essa preocupação com o exterior, após a vitória de Donald Trump nos EUA, foi citada pelo BC tanto no comunicado após o encontro do Copom quanto na ata. A diferença é que, na ata, o colegiado minimizou a preocupação ao dizer que “não há relação mecânica entre o cenário externo e a política monetária (definição dos juros)”. Alguns membros do Copom, aliás, ponderaram que, dada a situação do País, já haveria justificativa para um corte maior da Selic. Essa decisão, no entanto, ficou para janeiro.

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