SEGUNDO DIA
Réus são condenados: Ronaldo 20 anos; Rodrigo 17; Jarbas 8 e Sueli 10
Réus são condenados: Ronaldo 20 anos; Rodrigo 17; Jarbas 8 e Sueli 10
Dr. Jarbas, sua esposa Sueli, Ronaldo e Rodrigo foram julgados pela tentativa de homicídio contra o médico Dr. Orlando Cândido Rosa
Dr. Jarbas, sua esposa Sueli, Ronaldo e Rodrigo foram julgados pela tentativa de homicídio contra o médico Dr. Orlando Cândido Rosa
Durante o julgamento, Dr. Jarbas demonstrou tranquilidade, riu por várias vezes, enquanto a mulher Sueli demonstrava nervosismo, balançando a perna e com as mãos sempre no rosto
Por Breno Guarnieri/Jorge Pontes
EM TEMPO REAL:
Segundo dia: 00h02
Fim dos trabalhos no tribunal do júri em Fernandópolis. No julgamento mais longo da história da comarca juiz Vinicius Catrequini Bufullin finaliza sentença.
Rodrigo (pistoleiro) 17 anos e 6 meses de reclusão regime fechado
Sueli 10 anos e 8 meses de reclusão regime fechado
Jarbas 8 anos 10 meses e 20 dias regime fechado
Ronaldo 20 anos de reclusão regime fechado
Todos foram levados a suas respectivas cadeias Onde já estavam presos. Jarbas foi o único que não saiu algemado.
Ronaldo e Rodrigo tiveram duas qualificadoras: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Já o casal Teixeira apenas a de impossibilidade de defesa da vítima
Segundo dia: 22h52
Neste momento intervalo para janta dos jurados e envolvidos enquanto juiz Vinicius redige a sentença. Desfecho deve levar em mais 30 minutos.
Segundo dia- 21h46
Após o fim da tréplica da defesa, os jurados se dirigiram neste momento até a sala secreta para fazer a votação. Feito isso, eles farão um intervalo para janta. Enquanto isso, o juiz Vinicius Bufullin redigirá a sentença.
Segundo dia - 21h17
Advogado de defesa de Jarbas e Sueli Teixeira, Carlos Simon Nimer, começa seu discurso batendo na mesma tecla de desqualificação do crime de homicídio tentado (impossibilidade de defesa da vítima) e votem pela qualificação por lesão corporal.
Ele chegou a dizer que alguns áudios estão inaudíveis, e ao ser interrompido pelo promotor de justiça Fernando César, ambos chegaram a discutir mais asperamente.
Ele discursa já 20 minutos e ainda tem 30 de tréplica.
Segundo dia - 19h50
Advogado de Ronaldo, Cleber também tenta convencer jurados de que crime foi culposo, ou seja, não houve intenção de machucar a vítima.
Segundo dia - 19h45
Advogado de Rodrigo insiste que seu cliente não atirou para matar.
O tempo para sua tréplica se esgotou.
Segundo dia - 19h20
Sessão reinicia com tréplica da defesa. Advogado Lucas Alexandre Melo, defesa de Rodrigo terá 30 minutos para explanar, assim como Cleber Costa Gonçalves dos Santos, defesa de Ronaldo.
Por ter dois réus, Jarbas e Sueli, o advogado Carlos Simon Nimer terá 50 minutos.
Antes do veredito haverá um novo intervalo para janta.
Segundo dia - 18h59
Após o fim da réplica, juiz Vinicius Bufullin faz mais um intervalo antes tréplica que certamente será utilizada pelos advogados de defesa dos réus.
Segundo dia - 18h36
Fernando finaliza a réplica orientando jurados a assinalarem a alternativa em que diz que Rodrigo teve sim a intenção de matar. Segundo ele, do contrário, todos acabarão sendo absolvidos.
Segundo dia - 18h24
Promotor Fernando César de Paula segue utilizando a réplica para contestar a defesa dos réus que querem tirar as qualificadoras do crime e tornar o crime como lesão corporal ao invés de tentativa de homicídio.
Segundo dia - 17h42
Promotor contesta defesa e diz que não há marcas no chão para que a bala teria recocheteado e acertado sem querer no médico Orlando Rosa.
Segundo dia - 17h21
Retomado o julgamento com a réplica da acusação. Promotor Fernando César de Paula inicia discurso.
Segundo dia - 16h55
Terminam as sustentações orais de defesa. Juiz faz novo intervalo de 5 minutos.
Segundo dia - 16h53
Advogado Cléber pede para que Ronaldo seja absolvido. E afirma que se o promotor de justiça fizer a réplica ele pedirá a tréplica.
Segundo dia - 16h37
Advogado diz que quem deveria estar no lugar de Ronaldo no banco dos réus é Rivelino e Lucas, já que segundo ele, Ronaldo não participou do crime e não teve vantagem alguma na trama, ao contrário dos dois.
Segundo dia - 16h29
Advogado diz que Ronaldo nunca teve vantagens na UNIMED e aponta Rivelino como mandante para que as cartas fossem escritas.
Segundo dia - 16h22
"Aqui não tem tentativa de homicídio. O caso teve muita repercussão. Mas é se fosse o Joãozinho, o Pedrinho do pau de arara? Teria a mesma repercussão? A Polícia teria levado tão a sério? Que diferença tem a vida do ser humano?", argumenta o advogado de Ronaldo, para desqualificar o crime.
Segundo dia - 16h19
Cleber Costa Gonçalves dos Santos, advogado de defesa de Ronaldo bate na mesa do júri repetidas vezes durante discurso e acrescenta que não quer que nenhum dos jurados durma durante o julgamento, pois senão o júri é cancelado.
Ele segue argumentando que Ronaldo não esteve com Rodrigo durante o crime é que se quisesse matar Orlando teria utilizado a arma que os autos indica que ele tinha, uma 380 bem mais potente que o calibre 22 utilizado.
Segundo dia - 16h05
Cleber argumenta que Ronaldo não participou dos disparos. Ele diz que nos autos, testemunhas relataram que ouviram o som de partida de uma moto, comprovando que Rodrigo estava sozinho. Ainda, que Orlando disse ter visto apenas uma pessoa.
Segundo dia - 15h40
Cleber Costa Gonçalves dos Santos, advogado de Ronaldo inicia sua argumentação com recurso de uma lousa.
Segundo dia - 15h36
Termina defesa de Jarbas e Sueli Teixeira. Juiz Vinicius Bufullin faz intervalo de 5 minutos. Próximo a falar será o advogado de Ronaldo.
Segundo dia - 15h29
Já com tempo de 1h15 quase esgotado, advogado Carlos Simon pede para que jurados votem pela desqualificação do crime de homicídio tentado (impossibilidade de defesa da vítima) e votem pela qualificação por lesão corporal.
Segundo dia - 15h16
Carlos Simon diz que não há provas do pagamento de Sueli a Rodrigo e nem provas de negociações entre os dois. Ele afirmou ainda que Rodrigo delirou ai dizer que Sueli lhe deu cocaína como "mimo".
Segundo dia - 15h07
Mayara volta ao plenário, porém, a mãe Sueli Teixeira segue aos prantos ao lado de Jarbas.
Segundo dia - 15h03
Evasivo, advogado de defesa do casal Teixeira discursa há 40 minutos e ainda não sustentou sua tese de defesa. Subterfúgios e argumentos muito técnicos tem sido a base do discurso.
Segundo dia - 14h56
Sueli volta a chorar, porém dessa vez, contidamente. Paralelamente, a filha de Sueli deixa o plenário chorando também.
Segundo dia - 14h24
Defesa de Jarbas e de sua esposa Sueli Teixeira começa. Advogado é Carlos Simon Nimer.
Segundo dia - 14h16
Defesa de Rodrigo finaliza discurso.
Segundo dia - 13h57
Advogado de defesa de Rodrigo diz que tiro que acertou Dr. Orlando foi acidental. "Os tiros foram disparados no rumo do chão e um deles ricocheteou e subiu acertando o médico", disse.
Segundo dia - 13h47
Advogado Lucas Alexandre Melo sustenta que seu cliente Rodrigo, autor dos disparos jamais teve a intenção de matar o médico. "Ele teve várias oportunidades para chegar e matar e não matou. Poderia muito bem ter parado ao lado do carro durante o trajeto e dado o tiro. Mas jamais o combinado foi matar. Ele usou calibre 22, poderia ter usado um revólver mais potente".
Segundo dia - 13h27
Após intervalo de 1h, júri popular é retomado com defesa de Rodrigo. Advogado Lucas Alexandre Melo pede paciência aos jurados. Segundo ele, sua parte é bastante técnica e demorada.
Segundo dia - 11h03
Como a defesa tenta desqualificar o crime para lesão corporal ao invés da tentativa de homicídio, promotor diz que intenção de matar é "mais clara que o sol do meio dia".
Segundo dia - 10h23
"A UNIMED era uma várzea na época do Dr. Jarbas. O motorista pago com dinheiro da cooperativa fazia trabalhos particulares para família de Jarbas. A Sueli mandava no motorista, na UNIMED", diz promotor.
Segundo dia - 10h17
Sueli começa a chorar enquanto promotor faz sustentação oral. Ele tem 2h30 para explanar
Segundo dia - 09h57:
Todos os Réus entraram no tribunal sem o uso de algemas. Ronaldo entrou chorando e segue bastante abatido.
Promotor Fernando César de Paula afirma que júri está na história da cidade por ser o mais longo já registrado na comarca. Fernando, que atua no tribunal desde os 15 anos, elogiou todos os advogados de defesa e funcionários envolvidos.
Segundo dia - 09h30:
Todos os Réus entraram no tribunal sem o uso de algemas. Ronaldo entrou chorando e segue bastante abatido.
Jurados, cinco mulheres e dois homens ficaram em um hotel isolados sem aparelhos de celular, sem bebidas e com segurança na porta dos quartos.
O júri popular do médico Jarbas Alves Teixeira e da mulher dele, Sueli Longo Teixeira, acusados de “encomendar” a morte do também médico Orlando Candido Rosa, que foi baleado no dia 12 de junho de 2013, teve início ontem (13), no Fórum de Fernandópolis.
Além do casal, Rodrigo Sampaio e Ronaldo Henrique Mota, ex-motorista do Dr. Jarbas, também estão sendo julgados pelo crime. A previsão é de que o júri termine nesta quarta-feira (14).
O médico, vítima do atentado, foi baleado na porta de sua casa, situada em um bairro de classe média/alta de Fernandópolis. Ele ficou internado em estado grave, mas se recuperou.
ESTIVERAM PRESENTES...
no Fórum, parentes dos réus, jurados, estudantes de direito e pessoas que queriam acompanhar o júri popular. A vítima do atentado chegou acompanhada da família.
BANCO DOS RÉUS
Na oportunidade, Dr. Jarbas, acusado de planejar o crime, chegou com os advogados. Já dentro do Tribunal, ele se juntou aos outros três réus do processo que estavam presos: a mulher dele, Sueli Longo, Ronaldo Mota e Rodrigo Sampaio.
As investigações indicaram que Jarbas e a mulher planejaram matar o amigo depois de receber cartas e ligações telefônicas ameaçadoras em nome do Dr. Orlando, porém, a Polícia Civil descobriu, por meio de interceptações telefônicas, que quem fazia as ameaças era o motorista e “homem de confiança” do Dr. Jarbas, Ronaldo Mota.
APENAS UM SUSTO
Até o fechamento desta edição, o único réu a prestar depoimento ao júri foi Rodrigo Sampaio, que de acordo com as suas declarações, havia sido contratado por Sueli Longo para dar um susto no Dr. Orlando Candido. “Eu assumo. Eu participei deste crime. O Ronaldo passou o meu contato (número de telefone) para a dona Sueli, que me procurou, falando a respeito de um ‘serviço’ a ser feito. Ela (Sueli) me pagou R$ 4.800 para eu dar um susto na vítima”, destacou.
Ainda de acordo com Rodrigo, que na época do crime morava em Jales, ele chegou a vir duas vezes a Fernandópolis, armado com um revólver calibre 22, para estudar a rotina e executar o plano contra o Dr. Orlando. “A minha intenção não era acertá-lo. Era apenas dar um susto. Quando o chamei no portão e executei os disparos (o primeiro tiro acertou o peito da vítima enquanto o segundo acertou a parede interna da casa) não vi direito onde acertaram, pois fugi logo em seguida. Fui saber no dia seguinte que tinha acertado ele (Dr. Orlando) por meio do telejornal. Depois desse dia, minha vida está turbulenta. Já tive que trocar de cadeia por diversas vezes, pois tenho sofrido ameaças em razão do meu depoimento, no qual cito somente a dona Sueli, com quem esquematizei todo o plano. Não conheço o Dr. Jarbas e durante o plano não tive contato com o Ronaldo”, acrescentou Rodrigo, que também tem passagem por assalto à mão armada, ocorrido no Paraná.
JÚRI POPULAR
O juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinicius Castrequni Bufullin, pronunciou os réus Rodrigo e Ronaldo para que sejam submetidos ao julgamento pelo Tribunal do Júri como incursos no artigo 121, § 2º, inciso I e IV, c.c.artigo 14, inciso II, na forma do artigo 29, todos do Código Penal, e os réus Dr. Jarbas Alves Teixeira e Sueli Longo Teixeira foram pronunciados para que sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri como incursos no artigo 121, § 2º, inciso IV, c.c artigo 14, inciso II, na forma do artigo 29, todos do Código Penal (tentativa de homicídio e associação).
Ao final do primeiro dia de júri, os sete jurados, cinco mulheres e dois homens, foram designados para um hotel, onde estão isolados, enquanto os réus foram encaminhados para cadeias públicas da região.