José Luís Arakaki, Mauro de Sá, Renata Azevedo Mendes, Luisinho Arakaki e Claudemir Izaias na sala de reuniões da Alcoeste

Por João Leonel

Reportagem de “O Extra.net” foi recebida na sede da Alcoeste, na tarde desta quarta-feira (14), pelo empresário Luisinho Arakaki, a advogada Renata Fabiana Azevedo Mendes, e os diretores do grupo empresarial, Caudemir Izaias, Mauro de Sá e José Luís Arakaki. 

Durante a entrevista exclusiva foram abordados alguns detalhes sobre a negociação para venda da área, pertencente ao Grupo Arakaki, à ZPE. Principalmente um fato, a hipoteca referente a um crédito rural.

“O valor de R$ 16,8 milhões é o valor inicial de nosso crédito rural (junto ao banco Santander). Como uma parte desse valor já foi paga, restam cerca de R$ 12 milhões para pagarmos. Quem fará esse acerto junto ao banco somos nós, Grupo Arakaki, pois se trata de uma negociação particular nossa, nada que impeça a transferência da área da ZPE, que é apenas uma das áreas que possuímos. Que fique claro: a hipoteca não impede a transferência da área, o que falta para fecharmos o negócio é recebermos pela área. Estamos aguardando esse pagamento para liquidarmos
o assunto”, enfatizou Luizinho, que completou: 

“Assim que recebermos o valor estipulado (R$ 23,5 milhões - R$ 15,00 o metro quadrado do terreno), a escritura - titularidade da propriedade - será transferida em 2 dias, ou seja, 2 dias após o depósito em nossa conta a AZPEF será a ‘dona da área’. O ‘gravame’ relacionado à hipoteca será baixado em até 30 dias após o pagamento, sendo que isso pode acontecer em até 10 dias úteis. Nosso crédito rural está em nome da Alcoeste e a avalista é Agropecuária Arakaki, dando como garantia uma de nossas propriedades, que é justamente a área da ZPE. A conta do Bradesco (designada para o depósito dos R$ 23,5 milhões) está em nome da Agropecuária Arakaki. Estamos, como sempre estivemos, abertos para que toda a negociação seja transparente".

De acordo com o “instrumento particular de compra e venda”, que acompanha o pedido de prorrogação de prazo (leia mais a seguir), uma multa diária de R$ 2.354,27 será aplicada à AZPEF/Construmil, se o pagamento não for efetuado até o dia 12 de janeiro de 2017. Outra multa, também diária e no mesmo valor, está valendo para o Grupo Arakaki (Agropecuária Arakaki S/A e Alcoeste Destilaria Fernandópolis), se não outorgar, dentro de dois dias após o pagamento, a Escritura e a efetiva transferência da propriedade.

SALVAÇÃO

A disponibilidade da área do Grupo Arakaki, localizada ao lado da extinta Unicastelo, hoje Universidade Brasil, aconteceu ainda na gestão do ex-prefeito Luiz Vilar. “O Vilar pediu a inclusão da área como ‘salvação’ da ZPE. Foi quando saiu o primeiro decreto assinado pela então presidente Dilma. Aceitamos porque acreditamos nesse projeto”, confidenciou Luisinho.

AGORA É OFICIAL

A Prefeitura de Fernandópolis, através de aditamento de “termo de transmissão”, acatou o pedido de “nova e derradeira dilação” do prazo para que a área de 157,94 hectares, “delimitada no Decreto Federal de 08 de julho de 2011”, seja adquirida e incorporada ao patrimônio da AZPEF - Administradora da Zona de Processamento de Exportação de Fernandópolis. No edital de aditamento, assinado dia 15 e publicado neste “O Extra.net”, Diário Oficial do município, na edição de sexta-feira (16), consta que “fica alterada a data, a título de integralização do capital social da empresa, bem como fazer a gravação desse ônus junto à matrícula imobiliária, constante da concorrência pública nº 004/2014, passando de 12 de dezembro
de 2016 para 12 de janeiro de 2017”.

O pedido de nova prorrogação do prazo está assinado por representantes da AZPEF, do Grupo Mato Grosso Comércio, Representação e Consultoria Empresarial Ltda. - na condição de controlador da Construmil Construtora e Terraplanagem Ltda.-, e também de diretores da Alcoeste Destilaria Fernandópolis S/A e Agropecuária Arakaki S/A.