CRÔNICA: O último dos mortais

CRÔNICA: O último dos mortais

A história do homem solitário, que morava numa casa em ruínas e temente a Deus

A história do homem solitário, que morava numa casa em ruínas e temente a Deus

Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Eu pedi

Por: Autoria desconhecida

Eu pedi forças... E Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.

Eu pedi sabedoria... E Deus deu-me problemas para resolver.

Eu pedi prosperidade... E Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.

Eu pedi coragem... E Deus deu-me obstáculos para superar.

Eu pedi amor... E Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.

Eu pedi favores... E Deus deu-me oportunidades.

Eu pedi a Deus para retirar os meus vícios. Deus disse: Não. Eles não são para eu tirar, mas para você desistir deles.

Eu pedi a Deus para me dar paciência. Deus disse: Não. Paciência é um subproduto das tribulações. Ela não é dada, é aprendida.

Eu pedi a Deus para me dar felicidade. Deus disse: Não. Eu dou bênçãos. Felicidade depende de você.

Eu pedi a Deus para me livrar da dor. Deus disse: Não. Sofrer te leva para longe do mundo e lhe traz para perto de mim.

Eu pedi a Deus todas as coisas que me fariam apreciar a vida. Deus disse: Não. Eu te darei a vida, para que você aprecie todas as coisas.

Eu pedi a Deus para me ajudar a amar aos outros, como Ele me ama.

Deus disse:...

- Ah! Finalmente você entendeu a ideia!

Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo de que precisava!

CRÔNICA

O último dos mortais

Por: Autoria desconhecida

Um homem triste morava na parte superior de uma velha casa em ruínas. Pardieiro sem dono. Paredões sem ninguém. Supunha-se o último dos mortais.  

Contudo, era firme na fé e orava, quase com orgulho, todas as noites:

“Deus de bondade, Deus dos aflitos, da Terra sois o maior. Deus de bondade, graças Te dou por ainda me alimentar com algumas batatas por dia”.

Creio mesmo ser o ultimo dos mortais...

Mais dois anos se passaram, quando, ao sentir-se mais aflito e mais infeliz, resolveu partir ao rumo de outras terras...

Quem sabe seria um pouco menos infeliz...

Ele, que sempre saía na direção do quintal à procura das raízes que o sustentavam, desta vez saiu do lado oposto, no propósito de partir.

Nunca havia saído por lá...

Ao descer o último aclive, ouviu um barulho.

Alguém gemia... Voltou para ver...

Só então, pôde verificar que um aleijado, em chagas, morava embaixo, sobre um leito de palha vivendo somente das cascas de batatas que ele atirava fora...

Naquele momento entendeu que geralmente o ser humano sempre se considera o mais infeliz, sem sequer, pelo menos, olhar para seu lado...

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