Sede do instituto filantrópico: acusações contra mulher do provedor. Foto: Reprodução/Facebook

Da Redação/Gazeta de Rio Preto/Bia Menegildo

O Ministério Público recebeu uma denúncia anônima acusando a esposa do provedor do Hospital Dr. Adolfo Bezerra de Menezes de assédio eleitoral. O caso chegou por meio da ouvidoria para a Promotoria de Justiça de São José do Rio Preto pedindo que a mulher seja investigada também por possível prática de crime de homofobia.

Segundo a manifestação, os crimes teriam acontecido durante uma palestra voltada para os funcionários, no auditório do hospital. Durante a apresentação, a mulher teria associado “o Partido dos Trabalhadores (PT) ao comunismo, que, segundo ela, está relacionado aos Illuminati, nazismo e satanismo”, está descrito em trecho da denúncia.

A exposição também teria relacionado a “Organização das Nações Unidas (ONU) como causa da pandemia por Covid-19 e que a esquerda deseja “acabar com o número de pessoas do planeta” através do “gayzismo” e “aborto de crianças nascidas, de até 8 anos de idade””.

Em outro trecho, a denúncia traz que a mulher teria afirmado que “mulher com mulher não faz filho; homem com homem não faz filho. O objetivo deles [comunistas] é sexualizar a criança: se a menininha (…) quiser transar com o menininho (…), está certo; se a menininha quiser transar com outra menininha, pode; (…) se o adulto quiser transar com uma criança, pode. Então é isso que eles querem, através da ideologia de gênero”, acrescenta o relato anônimo.

A mulher também teria associado publicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um possível “fim das religiões” e com a “União das Repúblicas Socialistas da América do Sul, a URSAL” e afirmado que “o Lula é um “candidato ao governo da ‘Pátria Grande’”.

Por fim, a denúncia anônima afirma que a esposa do provedor da entidade teria tentado “influenciar os funcionários do hospital a evitar os partidos de esquerda e a votar no presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), como uma “defesa contra o avanço do comunismo”” e que teria dito que o hospital “corre risco de fechar, caso o PT seja eleito”.

O MP já encaminhou as denúncias para o Ministério Público Eleitoral e para o Ministério Público do Trabalho, que devem dar andamento ao caso.

Por meio de nota, O Hospital Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, esclareceu que qualquer conteúdo político eleitoral, veiculado em suas dependências que possam indicar formação de opinião, fica firmado como de responsabilidade individual do seu interlocutor em obediência à legislação eleitoral vigente.

A entidade ainda ressaltou que palestras e reuniões são comuns na instituição com a presença de funcionários, pacientes e público em geral, tratando-se de apresentações independentes e facultativas.

Por fim, a nota afirmou que o Hospital Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, seguindo seu Estatuto e compromisso com seus usuários e sociedade, repudia qualquer tipo de discriminação.

Fonte: Gazeta de Rio Preto