Ônibus foi conduzido até a sede da Polícia Federal de Rio Preto. Foto: Reprodução / Cibelle Crotti/ SBT Interior

Da Redação / SBT Interior

Um ônibus com 45 manifestantes bolsonaristas que atuaram no ato terrorista do último domingo (8), no Distrito Federal, foi abordado na tarde desta segunda-feira (9), na BR-153, no pedágio de Onda Verde, próximo a São José do Rio Preto (SP)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está conduzindo o veículo até a sede da Polícia Federal, onde todos deverão ser qualificados.

Segundo informações do inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Flávio Catarucci, os ocupantes do veículo são das cidades de Bauru, Jaú e Botucatu, no interior do Estado. O ônibus será averiguado e as bagagens vistoriadas.

“Eles relataram que participaram da invasão no Supremo Tribunal Federal e muitas dessas pessoas participaram do confronto com as forças de segurança. Agora eles vão responder dentro das consequências da lei”, disse. “Essas pessoas serão fotografadas e identificadas individualmente. Depois terão suas imagens confrontadas com o banco de imagens dos órgãos públicos de Brasília, que vão identificar quem participou das invasões”, explicou o policial.

Invasão

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro decidiram radicalizar o discurso e foram até a Esplanada dos Ministérios pedindo a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intervenção militar e Bolsonaro de volta ao poder. Um grupo de manifestantes andou a pé do quartel general do Exército para o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. 

O governo prometeu endurecer a ação contra extremistas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional para o local das manifestações, na capital federal. O ministro da Defesa, José Múcio, também assumiu a atuação e inspecionou pessoalmente os lugares onde estão os apoiadores de Bolsonaro. A inteligência do governo identificou ainda no sábado, 7, a chegada de mais de 100 ônibus para os atos, o que acendeu o alerta da área de segurança.

Faixas com as inscrições "Lula na cadeia", "intervenção militar", "supremo é o povo" e "Bolsonaro presidente" foram erguidas no meio da manifestação. A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente.

As ações resultaram em um ato terrorista. Manifestantes depredaram a sede dos Três Poderes, destruíram obras de arte e relíquias de patrimônio público, quebraram vidros do prédio, danificaram materiais e equipamentos de trabalho, além de destruírem também a sala da primeira-dama Janja. 

Um dos radicais chegou a evacuar na mesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. 

Na noite de ontem, o presidente Lula decretou intervenção federal de segurança até o dia 31. Mais de 1,2 mil pessoas já foram presas. O presidente afirmou que uma investigação será iniciada e que os envolvidos serão punidos, inclusive, policiais militares que foram permissivos com a ação. 

(Com informações do Estadão Conteúdo).

Fonte: https://sbtinterior.com/