Da Redação
Nesta quarta-feira, 12, a Polícia Federal, com o auxílio da Controladoria-Geral da União, realizou uma operação contra possíveis fraudes envolvendo títulos públicos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A operação cumpriu 20 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados, incluindo Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. Além disso, a Justiça ordenou o bloqueio de quase R$ 21,3 milhões dos alvos, que é o valor estimado dos prejuízos causados à União com as supostas fraudes.
Vinte faculdades que teriam sido beneficiadas estão sendo investigadas pela PF e pela CGU, mas a lista não foi divulgada. A CGU declarou que os valores já apurados pagariam integralmente a formação superior de pelo menos 50 alunos em cursos de cinco anos.
As investigações sugerem que os suspeitos inseriram informações falsas no sistema usado pela União para gerenciar as instituições de ensino vinculadas ao Fies. Essas informações falsas levaram o governo federal a recomprar títulos públicos do Fies que estavam com as faculdades e entidades mantenedoras, destinando recursos a instituições que não cumpriam os requisitos mínimos para essa operação. Além disso, estão sendo investigados casos de suspeitos que cadastraram financiamentos estudantis fora do prazo regimental, beneficiando estudantes individualmente.
A PF informou que o esquema envolvia servidores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação, funcionários terceirizados contratados pelo FNDE, advogados e escritórios especializados em direito que representavam instituições de ensino.