Crônica: Madre Tereza e a Princesa Diana

Crônica: Madre Tereza e a Princesa Diana

Os encontros entre a princesa e a regiliosa

Os encontros entre a princesa e a regiliosa

Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Perda

Por: Hugo Lapa

Toda sensação de perda vem de uma falsa sensação de posse.

Uma pessoa só acredita que perdeu alguma coisa porque antes ela criou a falsa sensação de ser dono de algo.

Não existem proprietários nesse mundo. Todo aquele que se crê dono de algo está imensamente iludido.

O sofrimento da perda só existe porque antes a pessoa criou a crença do possuir.

A pessoa que não cai na ilusão da posse, jamais vai sofrer com ideia da perda. 

Ela sabe que nada é dela... portanto, nada pode ser perdido.

Dessa forma, se não existe a ilusão da posse, tampouco existe o sofrimento da perda.

Isso significa que, se você não quiser mais sofrer com as perdas da vida, elimine de sua consciência toda e qualquer ilusão relacionada a posse.

Nada podemos possuir nesse mundo... tudo aqui é emprestado. 

Portanto, se um dia você sentir que perdeu alguma coisa, significa que você caiu na falsa e ilusória sensação de posse.

Seja livre de posses... e será livre de todo sofrimento de perdas. 

CRÔNICA

Madre Tereza e a Princesa Diana

Por: Divaldo Pereira Franco

Certo dia, a princesa Diana, vai procurar madre Teresa de Calcutá, abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a sua, fosse urna vida de glamour. E confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua ordem religiosa.

A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muito rica e famosa. E com grande carinho, buscou orientar-lhe. Disse-lhe que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza. Então, a madre lhe disse:

- Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas, que sofrem... A caridade pode ser exercida, em qualquer lugar onde nos encontremos...

A princesa voltou para o seu palácio e daí, em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da AIDS, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... Desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.

Madre Teresa tudo acompanhava pelos informes da televisão, da imprensa. E entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.

O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a “Rosa da Inglaterra”, como era conhecida mundialmente, veio a desencanar num acidente que chocou a todos.

A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral dias depois. Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a a cama. Alguns dias se passaram, e madre Teresa veio também a falecer.

Joanna de Angelis nos contou, então, o suceder dos acontecimentos, do “outro lado”.

Madre Teresa foi recebida, numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que a sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que ela pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta, que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.

Madre Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E no momento do despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a madre, a religiosa afetuosa e amiga, que com extremo amor, lhe diz:

- “Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor”.

Madre Teresa e Diana. Foto: Reprodução

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